“Caguei para prisão”, diz Bolsonaro em evento do PL após denúncia da PGR

Após o comentário sobre a eventual prisão, o ex-presidente falou sobre os protestos marcados para o dia 16 de março

“Caguei para prisão”, diz Bolsonaro em evento do PL após denúncia da PGR
Foto: Alan Santos/PR/Flickr

Em primeiro discurso nesta quinta-feira (20), em evento do PL em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse não ligar para uma possível prisão após denúncia do PGR (Procuradoria-Geral da República) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.

Bolsonaro e mais 33 pessoas foram denunciados pela PGR, com o ex-presidente podendo responder por 5 crimes por liderar uma organização que tinha como intenção impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro pode receber pena de prisão de 12 a 43 anos pelos seguintes crimes a ele imputados:

abolição violenta do Estado democrático de Direito;

golpe de Estado; integrar organização criminosa armada;

dano qualificado contra o patrimônio da União; e 

deterioração de patrimônio tombado.

Antes de seu pronunciamento, a organização do evento exibiu um corte de uma entrevista do presidente Lula à CNN Brasil, quando o petista diz que Bolsonaro não voltará ao poder se a esquerda construir uma “boa narrativa”.

O Primeiro Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal, realizado na quinta-feira teve como objetivo discutir estratégias da legenda nas redes sociais e contou com as presenças de pessoas ligadas ao X, Google e Kawai, além das presenças de prefeitos, vereadores, deputados federais e estaduais e futuros candidatos do PL.

No local, banners com frases mostrando o PL unido às Big Techs e com expressões sobre a liberdade como tema.

Sobre a denúncia da PGR em seu desfavor, que pode lhe render a perda da liberdade, Bolsonaro soltou a surpreendente frase “Caguei para prisão”.

Na oportunidade, após o comentário sobre a eventual prisão, o ex-presidente falou sobre os protestos marcados para o dia 16 de março e reiterou a prioridade de pautar o Projeto de Lei (PL) da anistia.

Além de Bolsonaro, também fizeram pronunciamento o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, o senador Rogério Marinho (RN), e o líder da bancada, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Embora presentes em um mesmo ambiente, Bolsonaro e Costa Neto não se cruzaram, impedidos de terem contato por ordem judicial.

* Fonte: Poder360