Câmara de BH recebe dois pedidos de impeachment para Alexandre Kalil

Um dos pedidos acusa o prefeito da capital mineira de crime de responsabilidade ao liberar presença de torcida no jogo do Atlético contra o River

Câmara de BH recebe dois pedidos de impeachment para Alexandre Kalil
Foto: Gladyston Rodrigues / EM / D.A Press

Na última quinta-feira (2), a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte (CMBH) recebeu dois pedidos de impeachment contra o prefeito da cidade, Alexandre Kalil (PSD). Os vereadores ainda precisam deliberar para saber se aceitam ou não os pedidos para, dessa forma, abrirem o processo.

Um dos requerimentos foi apresentado pelo advogado Mariel Marra, que é conhecido por pedidos desse tipo e de cassação de vereadores. Marra acusa o prefeito de ter cometido crime de responsabilidade. Segundo ele, Kalil deixou de responder 12 pedidos de informação protocolados pela CMBH durante este ano.

“Foi possível apurar preliminarmente em consulta ao site da Câmara Municipal o arquivamento administrativo por ausência de resposta dos seguintes requerimentos: 12/2021, 49/2021, 58/2021, 72/2021, 134/2021, 150/2021, 154/2021, 157/2021, 181/021, 206/2021, 633/2021, 767/2021. Dentre estes pedidos, nota-se que os requerimentos 134/2021, 150/2021, 157/2021 e 767/2021 foram direcionados diretamente ao denunciado, Sr. Alexandre Kalil, sendo recebido pelo Secretário de Governo, Sr. Adalclever Lopes”, argumentou o advogado.

O outro pedido foi protocolado pelo também advogado André Mansur. Esse requerimento aponta que Kalil cometeu crime de responsabilidade ao liberar presença dos torcedores no jogo do Atlético Mineiro contra o River Plate, da Argentina, no Mineirão, em 18 de agosto, pela disputa na Libertadores da América.

“A partida de futebol não é um evento necessário e a liberação do retorno do público aos estádios para partidas na capital pelo sr. prefeito de Belo Horizonte é uma atitude completamente incongruente e contraditória, já que a dita autoridade é extremamente rigorosa com as restrições em relação à pandemia”, destacou o advogado no pedido apresentado.

Em nota oficial enviada para toda a imprensa, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que ainda não foi notificada pela Câmara de Vereadores. Ainda segundo o Executivo, o prefeito Alexandre Kalil creditou os pedidos a desavenças políticas. “Isso certamente está cheirando ser coisa da oposição, que não sabe mais o que fazer para prejudicar a prefeitura e o povo de Belo Horizonte”, afirmou.