Câmara de Itabira aprova subsídio para o transporte público; passagem será de R$ 4 até fevereiro de 2023
Transportes Cisne receberá, ao todo, R$ 6.142.707,61 em sete parcelas. Não há definição de como ficará o preço da passagem após fevereiro do próximo ano
O itabirano pagará mais barato na passagem de ônibus — ao menos até fevereiro de 2023. Na tarde da última terça-feira (30), a Câmara Municipal de Itabira aprovou o subsídio para a Transportes Cisne, empresa responsável pelos coletivos urbano municipal. Com isso, a tarifa sofrerá uma redução, passando dos atuais R$ 4,40 (ou R$ 4,30 para quem utiliza o Cinse-Card) para R$ 4 até fevereiro de 2023, mas sem uma definição do valor do bilhete após esse período. A previsão é de que o novo valor entre em vigor na próxima terça-feira (6).
“Sabemos o quanto o serviço de transporte coletivo em Itabira é deficitário. Sabemos das fortes implicações em torno de uma péssima prestação de serviço que, infelizmente, vai impactando no dia a dia dos quase 30 mil itabiranos que utilizam os ônibus. Essa é uma das medidas, claro atrelada aos impactos econômicos da pandemia [de Covid], e o Município viu a necessidade de pedir ao Legislativo autorização para conceder o subsídio, mas pensando nas contrapartidas que vão impactar na qualidade do serviço na cidade”, conta Júber Madeira (PSDB), líder do governo Marco Antônio Lage na Câmara de Itabira.
O projeto de lei que prevê o subsídio foi aprovado em dois turnos de votação por unanimidade dos vereadores. O texto seguiu para sanção do prefeito Marco Antônio Lage e a nova lei deverá publicada nos próximos dias para que os recursos comecem a ser repassado para a Cisne. Com isso, o novo valor da passagem poderá começar a ser praticado já na próximo terça-feira.
“Essa é uma das etapas de um processo longo, pois, já em 2023, teremos também o chamamento público para a escolha de uma nova concessionária que vai tomar conta do transporte público da nossa cidade. O que tem atrelado ao repasse do subsídio já é um indicativo das medidas que o governo quer atrelar ao chamamento público, pois precisamos de um transporte público de qualidade, com eficiência no atendimento aos itinerários, com frota suficiente para atender a demanda crescente, com ônibus novos”, destaca Júber Madeira.
Mudanças no projeto
O subsídio para o transporte público seria votado inicialmente no dia 23 de março. Porém, na ocasião, o prefeito Marco Antônio Lage (PSB) pediu a sua retirada da pauta do Legislativo — para que pudesse propor a redução no valor da tarifa, conforme havia sido acordado com os vereadores.
Inicialmente, a proposta do subsídio previa sete repasses à Transportes Cisne — entre agosto de 2022 e fevereiro de 2023 — que totalizariam R$ 5.023.329,01. Entretanto, com a redução da tarifa, o valor do repasse acabou aumentando, com o subsídio sendo definido em R$ 6.142.707,61. Sendo que desse total, R$ 4.387.648,29 serão pagos ainda neste ano; enquanto R$ 1.755.059,32 serão quitados em 2023.
A nova redação do projeto de lei manterá o pagamento em sete parcelas de R$ 887.529,66, que totalizaram os R$ 6.142.707,61.
Passagem mais barata até fevereiro
Apesar de prever a redução no valor da tarifa do transporte público urbano, a proposta aprovada pela Câmara de Itabira autoria tanto o subsídio quanto o preço mais barato até fevereiro do próximo ano. Como não há uma definição sobre o que acontecerá depois desse período, o itabirano poderá ter que pagar pela passagem o seu valor completo, de R$ 5,85, logo no início de 2023.
Mesmo com essa possibilidade, o líder do governo Marco Antônio Lage, Júber Madeira, garante que essa discussão será travada durante a formatação da nova licitação para a contratação de uma concessionária de ônibus. Porém, ele destaca que, em algum momento, a tarifa terá que ter reajuste.
“Não há ainda essa discussão; essa não é a preocupação neste momento. A grande consolidação desse trabalho foi o que aprovamos: o subsídio, que também prevê a queda da tarifa. Esse é o assunto do momento. Daqui a seis meses, quando se pensar no desenho do chamamento público, é que vai se pensar nisso. Agora, mais cedo ou mais tarde, a tarifa do transporte coletivo vai sofrer reajustes. É impossível que o Município conceda subsídio permanentemente a ponto de congelar a tarifa do transporte coletivo para toda a vida”, afirma Júber Madeira.