Paralisação nos planos de saúde não atinge Itabira

Médicos de planos de saúde de 23 estados e do Distrito Federal suspenderam atendimento, na última quarta-feira, 21 de setembro, protestando contra a remuneração paga pelas empresas. Em Itabira, não houve adesão ao movimento, de acordo com o presidente da Associação Médica do município, Roberto Sampaio de Barros. Segundo Roberto Sampaio, no mês de abril […]

Médicos de planos de saúde de 23 estados e do Distrito Federal suspenderam atendimento, na última quarta-feira, 21 de setembro, protestando contra a remuneração paga pelas empresas. Em Itabira, não houve adesão ao movimento, de acordo com o presidente da Associação Médica do município, Roberto Sampaio de Barros.

Segundo Roberto Sampaio, no mês de abril deste ano, ocorreu um movimento, porém de forma direcionada, seguindo orientações do Conselho Regional de Medicina (CRM) e da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG). A paralisação dessa semana foi uma continuidade. De acordo com o médico, essa última greve concentrou-se mais nas capitais, onde se encontram as sedes das entidades médicas. Na oportunidade, representantes da categoria foram até a Assembleia Legislativa para protestar.

Roberto explica que a não adesão dos médicos em âmbito municipal está ligada ao fato de terem ocorrido eleições nas entidades médicas regionais recentemente, o que causou a interrupção do fluxo de informações.

Segundo o médico, alguns estados elegeram a paralisação para alguns planos de saúde. “Em Itabira há apenas dois planos de maior abrangência devido ao grande número de clientes. Os demais possuem carteira com número reduzido de clientes”, informou.

Apesar dos médicos de Itabira não terem participado da mobilização, Roberto Sampaio diz que a classe está unida ao movimento. “Os médicos de Itabira estão alinhados com o movimento e esperam uma saída adequada porque o achatamento de nossa remuneração atingiu níveis críticos. As operadoras aumentaram as mensalidades dos planos nos últimos tempos, porém sem contra partida para a classe médica que é de fato quem atende toda a clientela”, afirmou.

Reivindicações da categoria

Os médicos reclamam a recomposição do honorário da categoria – que hoje é de R$45, para R$60 – a criação de contratos com reajustes anuais e o fim da interferência das empresas na autonomia dos profissionais.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Cristiano Gonzaga, a greve atingiu 80% dos médicos para consultas eletivas e procedimentos no estado. Em Minas, estima-se que 27 mil profissionais atendam por planos e seguros de saúde. No país, são 160 mil.

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