Recém-chegados sobrecarregam Pronto-Socorro por falta de conhecimento dos PSFs
Pronto-Socorro Municipal de Itabira
Não há como negar que a Unifei e os projetos da Vale são mais do que positivos para Itabira, sobretudo pela geração de empregos e oportunidades. Mas a quantidade inesperada de pessoas que chegam à cidade sobrecarrega a estrutura de atendimento municipal, inclusive a de saúde, segundo o secretário municipal Alcides Escolástico. O principal gargalo, de acordo com Alcides, é que estas pessoas não usam a “porta de entrada” do atendimento, que é o Posto de Saúde da Família (PSF). O motivo quase sempre é a falta de conhecimento.
O resultado é uma enxurrada de pacientes no Pronto-Socorro Municipal, que atende não só Itabira como cidades da região. O efeito colateral é, ás vezes, inevitável, mas o município está trabalhando para melhorar a situação, principalmente informando estas pessoas sobre os procedimentos corretos para um resultado mais eficiente.
“Temos uma porta de entrada da saúde que deve ser obedecida para a cidade funcionar melhor. Se não for resolvido lá, no PSF, os profissionais daquela unidade estarão aptos a orientar o caminho que o paciente deve tomar”, disse. “Se for direito para o Pronto-Socorro, aumenta a demanda desnecessariamente”, enfatizou o secretário.
No caso dos trabalhadores, Alcides comenta que eles trazem também outras pessoas da família. Há ainda os operários que trabalham em outros municípios, como São Gonçalo do Rio Abaixo, mas moram em Itabira, o que aumenta ainda mais a demanda.
O que fazer
Alcides informou que os recém-chegados devem procurar o PSF mais próximo de sua residência e fazer o cadastro, para seguir os padrões de atendimento. A cidade conta com 29 unidades de PSF com capacidade para acolher 3 mil pessoas cada uma. Os postos são aptos a atender inclusive o morador que esteja na cidade temporariamente. “Se for urgente, é Pronto-Socorro mesmo. Mas se não for, procure o PSF. Se precisar de encaminhamento para fora do município ou acionar o município de origem dele, os profissionais vão fazer isso”, disse Alcides.