Prefeito de Itabira decreta calamidade financeira na Saúde do município

Situação de calamidade tem duração prevista para 120 dias, podendo se estender por período de mais 120

Prefeito de Itabira decreta calamidade financeira na Saúde do município
Decreto assinado pelo prefeito citou pontos que acarretaram a calamidade Foto: Tatiana Santos/DeFato

O prefeito de Itabira, Ronaldo Lage Magalhães (PTB) decretou estado de calamidade financeira na Saúde do município. A resolução, publicada nessa quinta-feira, 28 de dezembro, no Diário Oficial do município, considerou diversos pontos para que se chegasse a essa situação. Dentre eles, as limitações financeiras pela qual vem passando o governo, além do fato de a administração vir arcando com recursos próprios com a Média e Alta Complexidade no setor da Saúde municipal.

A situação de calamidade tem duração prevista para 120 dias, podendo se estender por período de mais 120, no caso de a situação financeira se mantiver inalterada. O fato afetará diretamente o Pronto Socorro Municipal e o Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), que dependem de repasses da prefeitura para conseguir arcar com os vencimentos do corpo médico. A instituição recebe recursos do município para administrar o Pronto-Socorro e o Samu, além de verba para custeio do próprio hospital.

Outro fator exposto no decreto é que o Governo do Estado não tem repassado integralmente os recursos de responsabilidade à Saúde. Considerando que o município é habilitado em Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde e executor de todos os programas criados pelos governos Federal e Estadual, acaba assumindo mais responsabilidades.

Entre as alegações, a prefeitura não dispõe de mais recursos para manter integralmente os serviços essenciais de saúde pública. Na última terça-feira, 26, em encontro com a imprensa local, o prefeito expôs uma dívida de R$ 17 milhões do Estado com o município, no âmbito da Saúde, o que estaria dificultando as finanças da cidade.

A Subsecretaria de Comunicação Social da Prefeitura esclareceu à reportagem de DeFato Online que o governo planeja buscar recursos na esfera federal com o objetivo de sanar o problema. “Neste momento, é  a única iniciativa”, informou.

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