Febre amarela mata músico Flávio Henrique, presidente da Rede Minas e Rádio Inconfidência
Responsável pela Empresa Mineira de Comunicação, ligada ao Governo do Estado, estava internado há uma semana
O Hospital Mater Dei, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, confirmou na manhã desta quinta-feira, 18 de janeiro, a morte do músico, compositor e presidente da Empresa Mineira de Comunicação, Flávio Henrique Alves de Oliveira, 49 anos. Ele estava internado há uma semana por causa de febre amarela.
“Comunicamos que o paciente Flávio Henrique Alves de Oliveira, internado na Rede Mater Dei de Saúde no dia 11 de janeiro de 2018, faleceu hoje, dia 18 de janeiro de 2018, às 7h30, em decorrência de complicações de febre amarela”, diz nota publicada pelo hospital. Flávio era responsável pela direção da Rede Minas e da Rádio Inconfidência, ambas ligadas ao Governo do Estado.
Segundo o Jornal Estado de Minas, que cita informações extraoficiais, além da doença, o paciente apresentou complicações hepáticas, fazendo-se necessário um transplante de fígado. Foi conseguida uma doação no estado do Pará e o procedimento estava previsto para durar até a madrugada de hoje. No fim da tarde, o músico havia sido transferido em uma ambulância UTI para o prédio do Mater Dei do Bairro Santo Agostinho, na Rua Gonçalves Dias.
Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) esclareceu que a investigação epidemiológica apontou que a contaminação pela doença ocorreu em uma região de sítio e matas em município da Grande BH. Disse, ainda, que o paciente não era vacinado. A administração municipal informou que fez vistorias detalhadas para a retirada de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da forma urbana da doença, próximo à residência dele, na Região Centro-Sul de BH.
Com a morte de Flávio Henrique, sobe para 16 o número de óbitos em decorrência da febre amarela em Minas Gerais e 22 casos confirmados; 59% deles no entorno da capital. O falecimento do músico deve constar nos próximos boletins da Secretaria de Estado de Saúde, divulgados semanalmente.
O estado investiga, ao todo, 46 notificações, sendo que dessas, oito resultaram em óbitos ainda não apurados. Os trabalhos de identificação do vírus acontecem na Fundação Ezequiel Dias (Funed).