Morte de itabirano em BH pode estar ligada à febre amarela

Secretária de Saúde incentiva população a buscar vacinação e diz que a pessoa que não se imuniza está negligenciando a própria vida

Morte de itabirano em BH pode estar ligada à febre amarela

Um itabirano morreu nessa segunda-feira, 19 de fevereiro, em Belo Horizonte, com suspeita de febre amarela. A informação foi confirmada pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura. O município agora aguarda os resultados dos exames para confirmar ou descartar a doença como causa do óbito.

Não foi informado o hospital em que o itabirano faleceu. A vítima seria morador de um sítio na localidade de Bateias. Se a causa da morte for confirmada para febre amarela, seria a segunda morte no município por causa da febre amarela. Ainda há um terceiro caso grave, de um trabalhador da Vale que está internado no Hospital Felício Roxo, na capital, com quadro da doença. Ele necessita de doação de sangue.

Em recente reunião do Conselho de Saúde, a secretária Rosana Linhares divulgou que o Itabira tinha três casos suspeitos de febre amarela em investigação.

“Não se vacinar é negligência”

Secretária de Saúde, Rosana Linhares, conclama que população se vacine – Tatiana Santos/DeFato

A regional de Itabira está em estado de emergência por causa da febre amarela. O aumento do número de casos no município preocupa a Secretaria de Saúde. Nessa segunda-feira, 19 de fevereiro, em entrevista à DeFato, a responsável pela pasta, Rosana Linhares, chamou a atenção da população para a importância da vacinação como única forma de se evitar o contágio.

De acordo com ela, há uma preocupação por parte da Secretaria de Saúde neste momento, já que a doença “é totalmente evitável e não há nenhum stress para se submeter à vacinação”. Em Itabira, não há solicitação de senha, nem indisponibilidade de doses, e conforme Rosana, já teve unidade de Saúde que realizou atendimento até às 20h.

“É necessário que se tome a vacina, não se pode admitir, é uma negligência com sua vida. É um alerta para a comunidade e não tem como se evitar o mal, se não for pela vacinação”, convocou.

Segundo a secretária, em relação à imunização, a Gerência Regional de Saúde (GRS) e o Estado têm acompanhado, e a cobertura tem sido bem alta, com parâmetros que estão próximos de 90%. Apesar da preocupação, Rosana considera um bom percentual para uma cidade de quase 120 mil habitantes, com uma área de zona rural extensa. Até o início deste mês, a vacinação já havia imunizado mais de 95 mil pessoas no município.

Como principal foco de prevenção, a secretária diz que as comunidades rurais também estão sendo alvos de força-tarefa para a vacinação, com marcação de dias e visitas às localidades. “O vírus está circulante, gravemente. Nós temos um número considerável de ocorrências em Santa Bárbara, também em Barão de Cocais, volume considerável em São Gonçalo. Em Itabira a gente não tinha um número expressivo, mas temos que falar, comunicar, ir nas unidades levar as informações”, diz Rosana.

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