Febre amarela matou ao menos cinco itabiranos em menos de 30 dias
As mortes confirmadas até o momento são de moradores da área urbana e rural de Itabira
As cinco mortes por febre amarela silvestre confirmadas em Itabira ocorreram em menos de 30 dias e são de moradores ora da área urbana, ora da área rural, que tiveram contato com áreas de mata. O primeiro óbito com sintomas da doença foi em 27 de janeiro. Os demais ocorreram em fevereiro: nos dias 8, 18 e duas mortes no dia 19. As informações são da Secretaria Municipal de Saúde.
Os infectados eram dos bairros Major Lage, Barreiro, comunidade do Morro do Chapéu (zona rural), localidade de Cachoeiras (zona rural) e bairro Campestre. Todas as mortes com sintomas da doença foram analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) em Belo Horizonte e as últimas, então suspeitas, tiveram confirmação na semana que passou.
Ao todo, a cidade teve seis casos confirmados da doença até o momento, dos quais cinco chegaram à morte. Segundo a pasta, 42 casos suspeitos em Itabira foram notificados em 2018, sendo que 22 foram descartados e 14 permanecem em investigação.
Uma sexta morte em análise laboratorial deve ter confirmação para a febre amarela. Trata-se do itabirano Fernando Márcio de Andrade, 39 anos, conhecido por “Boneco”. Ele estava internado com sintomas da doença no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, e faleceu em 21 de fevereiro.
Eficácia da vacina
A Vigilância em Saúde de Itabira veiculou na sexta-feira, 2 de março, um boletim informando um novo balanço da doença. O informativo traz também um esclarecimento da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre a eficácia da vacina.
Estudos apontam que a vacina contra a febre amarela protege de 95% a 98% dos casos, sendo considerada altamente eficaz e segura na prevenção da transmissão do vírus, lembrando que não há nenhuma vacina ou medicamento que alcance 100% de eficácia em sua utilização.
Como medida adicional, para a população mais exposta à circulação do vírus, recomenda-se também a utilização de repelente como medida de proteção individual.