Farmácia Municipal de Itabira tem 24 medicamentos em falta
A falta de medicamentos que compõem a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume) é alvo constante de reclamações dos usuários dos Sistema Único de Saúde (SUS). A fim de fiscalizar a assistência farmacêutica, uma comissão do Conselho Municipal de Saúde de Itabira realizou na tarde desta segunda-feira, 20 de maio, uma visita surpresa à Farmácia […]
A falta de medicamentos que compõem a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume) é alvo constante de reclamações dos usuários dos Sistema Único de Saúde (SUS). A fim de fiscalizar a assistência farmacêutica, uma comissão do Conselho Municipal de Saúde de Itabira realizou na tarde desta segunda-feira, 20 de maio, uma visita surpresa à Farmácia Municipal de Itabira, localizada na Vila Santa Izabel.
De acordo com o informado pela farmacêutica local, dos 146 itens que compõem a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume), 24 estão em falta – o que corresponde a cerca de 16% do total. “Desses 24 medicamentos em falta, praticamente todos estão em fase de compra, em pregão eletrônico. Inclusive, hoje [20 de maio] a tarde vai chegar um lote de medicamentos desses faltosos”, disse o presidente do colegiado, Paulo Henrique Rodrigues da Silva. A lista com a relação de todos os medicamentos não foi divulgada.
Entre os medicamentos em falta estão:
- Atenolol 50mg – indicado para o controle da hipertensão arterial (pressão alta), controle da angina pectoris (dor no peito ao esforço), controle de arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e tratamento precoce e tardio após infarto do miocárdio.
- Amoxicilina + Ácido clavulânico (clavulin 500 + 12mg) – antibiótico indicado para tratamento das infecções bacterianas causadas por germes sensíveis aos componentes da fórmula.
- Anlodipino besilato comprimido 5mg – indicado no tratamento da hipertensão (pressão alta) e angina de peito (dor no peito, por doença do coração);
- Escopolamina (Buscopan) comprimido 10 mg – indicado para o tratamento dos sintomas de cólicas intestinais, estomacais, urinárias, das vias biliares, dos órgãos sexuais femininos e menstruais.
Segundo o presidente do Conselho de Saúde, o objetivo da visita foi entender o funcionamento da unidade de saúde, apurar se existe superlotação, como é feito o atendimento e saber quantos medicamentos estão em falta e como é feita a dispensação destes.
A Secretaria Municipal de Saúde alegou que tem mantido o estoque da Remume em patamares próximos de 90% de abastecimento. “O déficit porventura registrado é flutuante, isto é, oscila em razão de entraves específicos: licitação fracassada (sem interessados ou que não preencham requisitos do certame); atrasos provocados por fornecedores (dos quais são notificados judicialmente, se necessário); impasses na fabricação, como a ausência de matéria-prima reportada por fabricantes; e impactos indiretos, como os vividos em processo de registro de preços do Governo do Estado”, diz a nota.
Já o Ministério da Saúde informou que concluiu todos os processos de licitação para compra de medicamentos adquiridos de forma centralizada. Os fármacos serão enviados ao longo deste mês para as secretarias estaduais de saúde que, por sua vez, distribuem aos municípios para abastecimento de toda a rede de saúde pública. Para os contratos assinados recentemente, a distribuição deve ocorrer em até 10 dias.