Medicamentos genéricos são confiáveis?

Antes de um medicamento chegar às prateleiras de farmácias e drogarias são feitos vários estudos clínicos e pesquisas até se obter a formulação ideal e finalmente a mesma ser patenteada, originando o chamado medicamento de referência. Quando esta patente expira, a fórmula original deixa de ser exclusiva e, então, é possível fabricar a versão genérica.

O genérico nada mais é do que a cópia do medicamento cuja patente deixou de estar em vigor. Eles também passam por rigorosos testes de qualidade antes de terem seu registro e comercialização autorizados e, portanto, têm a mesma qualidade do medicamento de referência e produz os mesmos efeitos no organismo. Precisam, obrigatoriamente, conter o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, ser administrado pela mesma via e com a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de marca; podendo, com este, ser intercambiável (ser trocado).

Os medicamentos genéricos podem ser identificados pela tarja amarela onde está escrito “Medicamento Genérico”. Como os genéricos não têm o nome comercial, o que se lê na embalagem é o nome do princípio ativo do medicamento.

Por que os medicamentos genéricos são mais baratos que os medicamentos de referência?

O preço do medicamento genérico é menor porque não estão embutidos os gastos com propaganda (genéricos não têm “marca”) nem os custos de pesquisa, pois se trata de cópias de medicamentos desenvolvidos anteriormente por outros laboratórios.

Várias experiências em outros países mostram que os preços podem cair de 20% a 40%, ou até mais em alguns casos. No mercado inglês, por exemplo, há medicamentos genéricos que custam dez vezes menos do que os originais.

O mercado de medicamentos genéricos no Brasil começou em 1999 quando a Lei 9.787 entrou em vigor. Na ocasião, foram criadas as condições para a implantação de medicamentos genéricos, em consonância com normas adotadas pela Organização Mundial da Saúde, Países da Europa, Estados Unidos e Canadá.

Desde a implementação da Lei dos Genéricos, grande parte da população passou a ter mais acesso aos remédios e dar continuidade a tratamentos medicamentosos tornou-se realidade.

No Brasil, mais de 3 mil medicamentos genéricos estão registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São várias classes terapêuticas que combatem as patologias mais frequentes nos brasileiros e grande parte das doenças crônicas.

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