Leishmaniose canina: vilão ou vítima?
Doença é muito comum nos centros urbanos e, se não tratada, pode ser fatal
Folhas e frutos caídos, entulhos e locais onde há descarte de lixo de forma inadequada. Estes cenários, tão comuns nos nossos centros urbanos, favorecem a reprodução de um animal pequeno, mas muito perigoso: o mosquito palha. De coloração amarelada e asas eretas e semiabertas, esse inseto é responsável pela proliferação de uma das doenças mais fatais aos cães: a leishmaniose.
O número de cães infectados com a leishmaniose vem aumentando cada vez mais ao passar do tempo. Os principais sintomas apresentados pelos cães envolvem: emagrecimento, crescimento exagerado das unhas, desânimo e lesões na pele que não cicatrizam com facilidade. Quando o paciente é levado ao veterinário, é realizado um teste rápido para verificar se há ou não a presença da doença. Caso o teste dê positivo, deve ser realizada uma contra prova que, caso também seja positiva, confirmará o diagnóstico. A partir daí será prescrito o melhor tratamento e qual deverá ser a forma de acompanhamento ideal.
Um dos grandes problemas que enfrentamos no controle da doença é que não é fácil realizar a eliminação do mosquito (vetor) que transmite a doença. Como existem muitos locais onde ele pode se reproduzir, há grande quantidade desses mosquitos nas cidades e a disseminação da doença é rápida.
Além de infectar os cães, a leishmaniose também é transmissível (através da picada do mosquito palha) para outras espécies. Pode infectar o homem, gambás, capivaras, ratos e felinos, dentre outros.
Dessa forma, sacrificar os cães positivos para a leishmaniose não é uma forma eficaz de controle da doença, haja vista que as outras espécies podem servir de hospedeiras. O que há de se fazer é manter os quintais limpos e realizar o descarte de lixo de forma adequada, evitando a proliferação do mosquito vetor da doença.
De forma preventiva, para os cães, existem os produtos repelentes do mosquito (coleira e sprays, por exemplo), bem com a vacina contra leishmaniose, que deve ser dada a partir dos quatro meses de idade, com reforço anual.
Dito isso, o cão não é um vilão. É mais uma vítima dessa doença tão terrível. Proteja seu cão!
Dr.Pet
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