Cardeal brasileiro foi eleito papa em 1978, mas recusou o cargo em função de saúde delicada

A história foi revelada pelo escritor e educador Frei Beto, em um artigo do seu site

Cardeal brasileiro foi eleito papa em 1978, mas recusou o cargo em função de saúde delicada
Foto: Reprodução/CNN Brasil

Com sete cardeais brasileiros com poder de voto e também figurando entre os possíveis escolhidos ao Trono de Pedro, o conclave entra hoje no segundo dia de votação para a escolha do sucessor do papa Francisco, recentemente falecido. 

O Brasil “bateu na trave” a ter um primeiro papa latino-americano, quando no conclave de 1978, o cardeal de Fortaleza, dom Aloísio Lorscheider obteve 2/3 dos votos mas rejeitou o posto . Ao ser consultado se aceitava o assumir o trono, dom Aloísio recusou alegando problemas de saúde, por ter oito pontes de safena.

A história foi revelada pelo escritor e educador Frei Beto, em um artigo do seu site.

Em seu lugar foi eleito João Paulo II, que permaneceu no posto por 26 anos e morreu em 2005. João Paulo II foi o primeiro papa não italiano desde Adriano VI, no século XVI, além de ser o terceiro mais longevo como líder da Igreja Católica, atrás apenas de Pio IX e São Pedro.

Antes de João Paulo II, a igreja havia perdido o papa João Paulo I, que ficou no posto por apenas 33 dias.

Segundo o livro do jornalista norte-americano Tad Szulc, na biografia de João Paulo II, as reuniões do conclave haviam chegado a um impasse e  dom Aloísio articulou junto aos colegas para não ser votado de novo, aglutinando os votos dos cardeais latino-americanos e africanos para Carol Wojtyla, o polonês que se tornou papa.

Dom Aloísio morreu dois anos depois de João Paulo II, em 23 de dezembro de 2007, em Porto Alegre, aos 83 anos, por falência múltipla dos órgãos, após um mês internado.

Dom Aloísio foi nomeado cardeal pelo papa Paulo Sexto.

Entre os brasileiros cotados para o cargo, dom Sergio da Rocha, arcebispo da Arquidiocese de Salvador, Bahia, e primaz do Brasil, é um dos cardeais com reais possibilidade de ser escolhido ao trono, como foi citado pela imprensa francesa.

* Fonte: UOL