Carros se tornam local de segurança durante a pandemia
Veículos particulares mostraram a sua importância e ganharam força durante a pandemia
Durante muitas décadas a ideia de abandonar os carros para utilizar transportes coletivos ou compartilhados se tornou evidente. No entanto, como em diversos setores da sociedade, veio a pandemia do coronavírus. De repente o corpulento retângulo de metal movido (em sua grande maioria) a combustíveis fósseis voltou a ser uma alternativa interessante e uma boa saída para se locomover com segurança.
As indicações da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao distanciamento social fizeram dos automóveis particulares um local seguro, uma espécie de abrigo sob duas rodas. O caso próprio nos mantém isolados uns dos outros, permite retomar certos hábitos cotidianos e, por que não, aliviar a ansiedade por passar tanto tempo em confinamento dentro de casa, entre quatro paredes.
Nos últimos tempos, os carros pessoais têm tornado possíveis algumas práticas de lazer, como os já esquecidos nos anos 20, cine drive-in. Alguns artistas também começaram a realizar e projetar apresentações drive-in, mostrando nova realidade em relação aos eventos presenciais.
Outro conceito bem comum nas grandes metrópoles ganhou nova roupagem durante o ápice da pandemia e agora pode ser encontrado até nas pequenas cidades. O sistema drive-thru, que há até pouco tempo servia apenas para matar a fome, passou a contemplar não apenas serviços, mas outros tipos de eventos sociais. Hoje existe drive-thru de formatura escolar, de aniversário, de chá de bebê.
E quando a pandemia passar, o que será do automóvel de passeio? Para muitos especialistas no setor, mesmo depois de viabilizada uma vacina contra o novo coronavírus, muitos daqueles que não viam o carro particular como uma prioridade podem recorrer a ele novamente como um meio mais seguro para a saúde.
De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos em trinta países, entre eles o Brasil, 30% dos entrevistados estão mais propensos a comprar um automóvel depois da crise da Covid-19. “Não creio que a retomada do interesse pelo carro particular seja um fenômeno passageiro”, disse a VEJA Giulio Salomone, vice-presidente da consultoria Capgemini. “O verbo pode não ser mais comprar, mas haverá uma evolução do uso do automóvel.” Ricardo Bacellar, líder do setor automotivo da KPMG, também aponta para essa expectativa. “O uso do carro está relacionado com a oferta de mobilidade de uma determinada região. Mesmo em uma grande metrópole como São Paulo, onde há vários meios de se locomover, as pessoas podem voltar ao carro particular em razão da crise sanitária pela qual passamos”, diz. O automóvel, que parecia fadado ao colapso, ganhou sobrevida.
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