Casal de influencers é preso por suspeita de movimentar R$ 20 milhões ilegalmente no “Jogo do Tigrinho”
A prisão foi efetuada pela Polícia Civil de Minas Gerais, em ação conjunta com a Polícia Civil do Espírito Santo
Um casal de influenciadores digitais de Juiz de Fora, em Minas Gerais, investigado por jogos de azar digitais, conhecidos como “Jogo do Tigrinho”, foi preso em flagrante na quarta-feira (15), em um condomínio de luxo na cidade da Serra, no Espírito Santo. A prisão foi efetuada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em ação conjunta com a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES).
A mulher, de 21 anos, e o homem, de 22 anos, tinham fugido de Juiz de Fora, em Minas, para Maceió, Alagoas, e depois para o município capixaba, onde foram detidos. O casal foi autuado pelos crimes de promoção de jogos de azar e crime contra a economia popular.
“A operação, batizada de Tyche, teve como objetivo cumprir mandados de sequestro e bloqueio de bens móveis e imóveis, além de busca e apreensão de objetos, avaliados em cerca de R$ 30 milhões”, disse a PCMG.
No decorrer da ação, os policiais apreenderam três veículos de luxo, com valor estimado em mais de R$ 1 milhão.
Os dois foram encaminhados à Delegacia de Polícia em Guarapari, cidade do Espírito Santo. Em nota, a PCES disse que prestou apoio a operação por meio da Delegacia de Infrações Penais e Outras (Dipo) do município.
Estilo de vida luxuoso do casal
Conforme a PCMG, o casal, que acumula mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, é investigado por movimentar aproximadamente R$ 20 milhões de forma suspeita em suas contas. O dinheiro, segundo apurado, seria proveniente do conhecido “Jogo do Tigrinho”.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Márcio Rocha, o estilo de vida luxuoso do casal chamou a atenção das autoridades, destacando-se uma viagem a Dubai, onde os suspeitos adquiriram até mesmo um telefone de ouro.
“As investigações iniciaram na 4ª Delegacia de Polícia Civil em Juiz de Fora e contaram com a cooperação da Força-tarefa de Combate ao Crime Organizado, ao longo de seis meses, e apoio da Polícia Rodoviária Federal”, afirmou Márcio Rocha.
O nome da operação (Tyche) faz referência à deusa da fortuna, aludindo ao nome do jogo divulgado pelos investigados, chamado “Fortune Tiger”.
A identidade dos suspeitos não foi revelada, desta forma não foi possível localizar a defesa deles. As investigações seguem em andamento, de acordo com a PCMG.