Caso Papini: engenheiro é condenado a 5 anos e 5 meses de prisão por tentativa de homicídio
O médico anestesista Henrique Papini, hoje com 30 anos, foi brutalmente agredido na extinta boate Hangar 677

O 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte condenou o engenheiro Rafael Bicalho a 5 anos e 5 de prisão pela tentativa de homicídio simples privilegiado contra o médico Henrique Papini. O julgamento sobre o caso ocorrido em 2016 foi finalizado na madrugada desta sexta-feira (28), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.
A pena deferida deverá ser cumprida em regime semiaberto, sem a possibilidade do engenheiro recorrer em liberdade. Após o veredito da pena, Rafael Bicalho foi levado diretamente para o Ceresp Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte.
Durante o depoimento, o réu respondeu apenas às perguntas do juiz e da própria defesa, confessando as agressões cometidas e que só parou ao perceber que “a briga havia passado dos limites”.
Na primeira fase do processo, dois dos envolvidos foram absolvidos, pois a Justiça entendeu que não havia provas suficientes do envolvimento deles nas agressões.
Relembre
No dia 7 de setembro de 2016, o médico anestesista Henrique Papini, hoje com 30 anos, foi brutalmente agredido na extinta boate Hangar 677, no bairro Olhos d’Água, região Oeste de Belo Horizonte. Durante as agressões, o então estudante de medicina foi jogado no chão e recebeu diversos chutes na cabeça. O motivo da briga teve relação com um encontro que o médico teve com a ex-namorada do agressor.
Por mais de 20 dias, a vítima ficou internada no hospital enfrentando uma meningite pós-traumática, um trauma de face e um traumatismo craniano grave. Henrique Papini ficou entre a morte e a vida após a agressão que sofreu. O médico ficou com sequelas como surdez total do ouvido esquerdo, paralisia facial, zumbido, alteração no labirinto, olfato e fala – além de conviver com o trauma psicológico, que se estendeu também a toda família.