Catas Altas mobiliza população para combater Caramujo Africano

Até um centro de coleta foi montado para que os habitantes levem os animais que recolherem

Catas Altas mobiliza população para combater Caramujo Africano
Caramujo Africano se alastra com facilidade

O município de Catas Altas está em mobilização para combater o Caramujo Africano. Palestras são oferecidas à população e um mutirão deve acontecer na cidade. Até um centro de coleta foi montado para que os habitantes levem os animais que recolherem.

No último dia 7, data em que foi lembrado o Dia D de Combate ao Caramujo Africano, uma palestra foi realizada no Centro de Atendimento ao Turista (CAT) sobre a erradicação do molusco. Estava previsto um mutirão no mesmo dia, mas que não aconteceu por causa da chuva. De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Reginaldo Nascimento, será agendada uma nova data.

“Se cada pessoa cuidar pelo menos do seu quintal, já irá ajudar muito. Esse é um problema de todos e prefeitura está promovendo ações para conter esse mal, mas precisamos da colaboração da população”, destaca.

Os postos de coleta do caramujo ficarão disponíveis à população no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Vista Alegre; no Centro de Atendimento ao Turista (CAT) no Sol Nascente; na Quadra do bairro Santa Quitéria; no Casarão Dr. Moreira, no Centro; e no Posto de saúde do distrito do Morro D´Água Quente.

Segundo a enfermeira da equipe de vigilância sanitária do município, Raquel de Castro, a coleta pode ser feita pelos próprios moradores, “mas é preciso fazer devidamente, com uso de luvas ou saco plástico. A equipe de limpeza vai recolher na casa ou, se preferir, é possível entregar nos pontos determinados para que sejam mortos e descartados da forma correta”, explica. 

Caramujo

O caramujo africano é considerado uma das cem piores espécies invasoras do mundo, causando sérios danos ambientais. No Brasil foi introduzida a partir 1988 como uma forma barata de substituir o escargot.

Os indivíduos adultos de caramujo africano podem atingir uma massa de mais de 200g e chegar a 15 cm de comprimento de concha.

Considerado uma praga agrícola, em países de climas tropicais, os prejuízos à agricultura são enormes, primeiramente, porque há perda de produtividade na colheita devido ao ataque destes herbívoros, sem contar o ataque a outras plantas que fornecem o enriquecimento da camada superficial do solo. Podem também transmitir organismos patogênicos para as plantas.

Nos ambientes urbanos as populações desses moluscos são muito densas, invadem e destroem hortas e jardins. Além disso, como essas populações são formadas por animais de grande porte, causam muitos transtornos às comunidades das áreas afetadas.