Cemig apresenta argumentos para falta de energia que motivou protestos
Protestos aconteceram na comunidade dos Chaves, em Santa Maria de Itabira, e na região do bairro Chapada, em Itabira
A Cemig se manifestou nesta quarta-feira, 21 de março, sobre a falta de energia que atingiu a comunidade de Chaves, área rural de Santa Maria de Itabira, a região do bairro Chapada, em Itabira, no último final de semana. A falta de luz motivou protestos por parte de moradores, com queima de pneus e bloqueios de vias públicas. Filas de veículos se formaram em ambos os locais em que houve a ação dos manifestantes e a Polícia Militar teve que ser acionada.
Em relação à comunidade de Chaves, a falta de energia ocorreu na manhã do último domingo, 18 de março. A Cemig esclareceu que a ocorrência foi causada pela intensa tempestade acompanhada por fortes rajadas de ventos, que arremessou árvores sobre a rede elétrica, o que causou o rompimento de um cabo responsável pelo fornecimento de energia da região.
Segundo a companhia, “assim que identificou o problema, técnicos da empresa realizaram manobras operativas para que os clientes ficassem o menor tempo possível sem energia”. Devido ao local ser de difícil acesso e ao bloqueio da rodovia pelos manifestantes, as equipes da Cemig só conseguiram restabelecer os primeiros consumidores por volta das 23h do domingo.
Conforme garantiu a empresa, às 11h43 da segunda-feira, 19, a maior parte dos clientes afetados teve o fornecimento de energia restabelecido. “Como foi necessário inspecionar todo o circuito, que é bastante extenso, e a realização de um serviço de alta complexidade, o fornecimento foi completamente normalizado no local às 14h dessa terça-feira, 20”, informou a companhia.
Chapada e Boa Esperança
Já a falta de energia na região dos bairros Chapada e Boa Esperança, em Itabira, aconteceu na noite do sábado, 17. A empresa justificou que o problema foi causado por uma descarga atmosférica que atingiu a rede de energia elétrica da região. A Cemig afirmou que o difícil acesso ao local para o conserto da rede fez com a normalização do sistema só ocorresse às 18h28 do dia seguinte. Houve a necessidade de se realizar uma inspeção rigorosa em um trecho longo do circuito, antes da completa energização do sistema (por uma questão de segurança).
Na ocasião, cerca 50 moradores fecharam a rodovia MG-129 para uma manifestação. Quando a Polícia Militar chegou ao local, os manifestantes já haviam ateado fogo em pneus e galhos. Foi estabelecido um contato com os intermediadores e ficou definido que uma parte da via seria imediatamente liberada, o que foi feito. Ouvidas as recomendações, policiais fizeram contato com a Cemig, que mandou uma equipe ao local e conversou com os moradores.
Nessa terça-feira, 20 de março, moradores tornaram a manifestar na rodovia, dessa vez por falta de água. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) afirmou que o recurso deixou de chegar nas torneiras por causa da falta de energia, que ocasionou em desligamento das bombas.