Cemig encontrou quase 500 “gatos” de energia em Itabira e região entre janeiro de 2023 até maio deste ano
Já em João Monlevade e nas cidades que compõem a região, foram 2662 inspeções e 558 irregularidades constatadas
De janeiro a maio deste ano, a Cemig realizou mais de 146 mil inspeções em toda a área de concessão da companhia, que abrange 774 municípios. Estes serviços identificaram mais de 59 mil irregularidades. Somente em Itabira e região, foram 1696 inspeções em 2023, com 455 irregularidades identificadas.
Já em João Monlevade e nas cidades que compõem a região, foram 2662 inspeções e 558 irregularidades constatadas. Na Região Leste de Minas Gerais, foram inspecionadas cerca de 15 mil unidades consumidoras durante o período, sendo que, em 3 mil desses serviços, foram constatadas irregularidades. A energia recuperada em toda Minas Gerais, neste caso, representa um valor de R$130 milhões.
No ano de 2023, a Cemig realizou mais de 378 mil serviços de inspeções em unidades consumidoras de todo o estado. Destas inspeções, quase 153 mil foram consideradas procedentes, a partir da constatação de irregularidades na medição. Em termos financeiros, a energia recuperada em 2023 representa cerca de R$310 milhões. Ainda na região leste, no ano passado, foram realizadas mais de 41 mil inspeções, com cerca de 15 mil irregularidades comprovadas. Em termos financeiros, as irregularidades registradas na região no ano passado representam quase R$37 milhões.
Já em termos de energia, nesses 17 meses, a correção dessas irregularidades representou uma recuperação de 440 GWh. Para se ter uma ideia, o montante é equivalente à produção da Usina de Três Marias em dois meses e meio.
Consequências financeiras e criminais
Quando confirmadas as irregularidades, os responsáveis devem ressarcir a companhia em relação ao montante de energia consumida que não havia sido faturada, além de arcar com custos administrativos.
Além disso, as consequências deste tipo de ligação irregular podem ser não apenas financeiras, mas também criminais. É o que explica o gerente de Recuperação de Energia da Cemig, Fábio Sapucaia. “O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena de até oito anos de reclusão”, comenta. “O responsável ainda pode ser enquadrado no artigo 171, que trata do estelionato”, completa.
Para identificar as unidades com suspeita de fraude, a Cemig possui um Centro Integrado de Medição (CIM) no qual equipes especializadas realizam o monitoramento do consumo dos mais de 9 milhões de consumidores em todo o estado.
“Por meio do CIM é possível identificar, em tempo real, qualquer anomalia no padrão de consumo de energia dos clientes e enviar equipes de campo para correção das irregularidades”, explica o gerente. “Além das ações de fiscalização e monitoramento, Cemig também conta com a colaboração do consumidor, que pode denunciar suspeitas de fraude pelos canais de atendimento, como o telefone 116”, complementa.
Campanha de conscientização
As ligações irregulares colocam em risco a segurança da população, causando ocorrências na rede elétrica, com consequências graves e até fatais. A prática traz impactos para o sistema elétrico, podendo causar interrupções no fornecimento de energia para clientes regulares, além de incêndios e queima de aparelhos e equipamentos.
Por isso, para conscientizar a população sobre os riscos e prejuízos das ligações irregulares e orientar os clientes para que denunciem a prática, a Cemig lançou, no último mês de junho, uma nova campanha de mídia. A campanha alerta sobre os perigos e as consequências desse crime. A novidade deste ano fica por conta da parceria da Cemig com lares de adoção de gatos, iniciativa que visa estimular a adoção responsável de pets e sensibilizar os consumidores da área de concessão da empresa.