China pede investigação sobre matança de civis em cidade ucraniana de Bucha

A China vem se recusando a criticar a Rússia pela invasão da Ucrânia desde o início da guerra

China pede investigação sobre matança de civis em cidade ucraniana de Bucha
Foto: EFREM LUKATSKY/ASSOCIATED PRESS/Estadão Conteúdo

A China disse que relatos e imagens de mortes de civis na cidade ucraniana de Bucha, após a retirada de forças russas, são “profundamente perturbadores” e defendeu que o caso seja investigado.

Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian disse nesta quarta-feira (6) que a China apoia todas as iniciativas e medidas “destinadas a aliviar a crise humanitária” na Ucrânia e está “pronta para continuar trabalhando junto com a comunidade internacional para evitar que civis sejam feridos“.

Caos

A matança de civis em Bucha pode ampliar a pressão internacional sobre a China, por sua postura amplamente favorável à Rússia e tentativas de guiar a opinião pública em relação à guerra.

A China vem se recusando a criticar a Rússia pela invasão da Ucrânia. Pequim também é contrária às sanções econômicas impostas a Moscou e acusa os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de provocarem a guerra e alimentarem o conflito, ao enviar armas à Ucrânia.

O comentário de Zhao é semelhante ao feito pelo embaixador da China na Organização das Nações Unidas (ONU), Zhang Jun, que ontem pediu uma investigação do ocorrido em Bucha.

Assistência militar

O governo dos Estados Unidos autorizou o repasse imediato de até US$ 100 milhões em assistência militar adicional para atender às necessidades da Ucrânia por mais sistemas de defesa, em meio à guerra contra a Rússia.

A autorização, anunciada ontem pelo Departamento de Estado, é a sexta retirada de armas, equipamentos e suprimentos dos estoques do Departamento de Defesa para a Ucrânia desde agosto de 2021.

O apoio eleva o total de assistência americana à segurança da Ucrânia para mais de US$ 2,4 bilhões desde que o presidente dos EUA, Joe Biden, assumiu o cargo, no ano passado, e mais de US$ 1,7 bilhão desde a invasão da Rússia em fevereiro, disse o Departamento de Estado. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

 

*Conteúdo Estadão