Chuvas e afogamentos preocupam Corpo de Bombeiros no início do ano

Itabira e região possuem cenários naturais propícios a essas ocorrências

Chuvas e afogamentos preocupam Corpo de Bombeiros no início do ano
Foto: Divulgação
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A região de Itabira é conhecida por várias belezas naturais. Cachoeiras, rios e balneários tendem a atrair muitos turistas que desejam praticar alguma atividade em contato com a natureza. Em épocas de muito calor, como costumam ser os inícios de ano, esta procura se intensifica ainda mais. E este sempre é um desafio para o 6º Pelotão do Corpo de Bombeiros, em Itabira. A ocorrência mais comum é a de afogamentos. Os números costumam ser altos nos primeiros meses do ano.

Além do município itabirano, Itambé do Mato Dentro, Senhora do Carmo e Ferros são algumas das cidades e distritos nas quais o 6º pelotão atua. Todos possuem balneários que costumam ser um  risco, principalmente, para visitantes que não conhecem as áreas.

Na madrugada da primeira segunda-feira (4) do ano, por exemplo, um grupo de Belo Horizonte ficou perdido dentro de uma mata próxima à Cachoeira do Gambá, em Santa Bárbara, por causa de uma forte chuva. O Corpo de Bombeiros foi acionado e localizou o grupo na manhã da segunda, por volta das 7h da manhã.

Para evitar afogamentos e outras ocorrências graves, sempre é aconselhado não entrar em lugares desconhecidos, não ingerir bebida alcoólica próximo à água e sempre ter um objeto flutuante por perto. Dicas simples, mas muitas vezes negligenciadas, como explica o tenente Marlon Pinho Medeiros de Aguiar, do 6° Pelotão do Corpo de Bombeiros em Itabira.

“Se as pessoas seguissem essas dicas básicas, de ter cuidado, não fazer brincadeira na água, não nadar após usar bebida alcoólica, conseguiríamos prevenir todos esses afogamentos. Só casos supervenientes que a gente não consegue controlar, como uma enxurrada muito forte, que ocasionariam um afogamento”, explica.

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O comandante do Corpo de Bombeiros em Itabira, Marlon Medeiros, fez alguns alertas para a população local. Foto: Victor Eduardo/DeFato Online

Conscientização da população à parte, Medeiros também diz que o pelotão se prepara para este e outros períodos do ano.

“Nós temos esses eventos adversos mesmo nessa época do ano e o Corpo de Bombeiros se mantém preparado. Tanto é que fazemos diversos tipos de planejamento tanto do período chuvoso, quanto o de estiagem. Justamente para fazer frente a essas adversidades”, afirma.

Chuvas

Outro problema recorrente a cada início de ano são as chuvas. Elas costumam ser muito fortes neste período e já fizeram estragos em algumas cidades da região durante o princípio de 2021. Em Itabira, por exemplo, uma tempestade causou a queda de uma árvore próxima à Catedral no dia 1º de janeiro. O mesmo problema ocorreu no bairro Caminho Novo.

Sobre isso, o Tenente Medeiros solicita aos itabiranos que fiquem atentos aos sinais de quedas de árvores, deslizamentos de terra e outras ocorrências do tipo.

“Sempre pedimos às pessoas para notarem os sinais de movimentação de massa, movimento de terra. São trincas nas paredes que antes não existiam e passaram a aparecer, uma árvore que estava vertical e começa a se inclinar. Taludes, barrancos, coberturas vegetais com sinais de erosão, sem drenagem adequada. Isso tudo dá os sinais de que aquela área está submetida a um processo de movimentação de massa e está em risco”, ressalta.

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Uma forte tempestade no primeiro dia de 2021 derrubou uma árvore no estacionamento da igreja Catedral. Foto: Tatiana Linhares

Constatado o risco, é necessário que o Corpo de Bombeiros, ou a Defesa Civil do município, seja acionado. Após uma análise técnica, é decidida qual medida será tomada, desde a poda de uma árvore ou até mesmo a remoção de uma família.

“A pessoa tem que fazer o acionamento do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil Municipal para avaliação do local. Gera-se um laudo para poder fazer essa observação preventiva e para que seja tomado algum tipo de atuação naquele caso. A remoção da família ou a execução de obras de contenção… isso tudo pode ser feito de forma a prevenir o risco”, finaliza Tenente Medeiros.