Chuvas intensas em Minas Gerais: boletim revela impactos e situação atual

Nesta quarta-feira (8), a Defesa Civil de Minas Gerais divulgou o boletim de chuvas referente ao período 2024-2025, que explana os desafios enfrentados pelo estado. As fortes chuvas e ocorrências de anormalidade continuam a afetar diversas regiões. O balanço recente aponta não apenas danos estruturais, mas também perdas humanas, com a confirmação de 11 óbitos até o momento, além de centenas de desabrigados e desalojados.

De setembro de 2024 até o momento, 44 municípios estão em situação de emergência. O estado segue em monitoramento, com o foco voltado para áreas críticas como Nepomuceno, Coronel Fabriciano e Conceição do Pará, que já enfrentam os maiores danos e se encontram em estado de calamidade pública.

A tendência é de que a situação de emergência se mantenha para a maior parte dos municípios até o mês de julho. Já a situação de calamidade pública pode permanecer até junho deste ano.

Entenda os dados

Até o momento, foram mapeadas 183 pessoas desabrigadas e 1.268 desalojadas. Os desabrigados são aqueles que precisam de abrigos públicos devido aos danos ou ameaças em suas residências. Já os desalojados deixam suas casas por conta de desastres, mas encontram abrigo com amigos ou familiares.

Os números e a previsão podem sofrer alterações conforme novas atualizações da Defesa Civil, mas a situação exige atenção contínua.

Ocorrências recentes em Minas Gerais

A primeira semana de janeiro já registrou impactos significativos. No município de Recreio, o Rio dos Momos transbordou e causou inundações em áreas centrais e bairros residenciais. A ponte que conecta o bairro Caxias ao centro da cidade foi interditada, e três ruas da área central ficaram sem calçamento.

Além disso, a cidade de Juiz de Fora foi atingida por ventos de até 98 km/h, que causaram quedas de árvores e o rompimento de cabos elétricos, afetando 70 mil pessoas com o desabastecimento de energia.

Em Dom Silvério, o temporal de 25 minutos causou danos significativos em imóveis e comércios, além de deixar famílias desabrigadas.

Belo Horizonte também enfrentou dificuldades com o acúmulo de chuva, resultando em alagamentos e bloqueios de importantes vias, como as avenidas Vilarinho, Tereza Cristina e Heráclito Mourão de Miranda.

Ações para prevenção

A resposta para essas ocorrências tem sido coordenada entre a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e prefeituras locais. A colaboração entre os órgãos tem se mostrado essencial para lidar com a gravidade da situação.

Apesar dos danos, o boletim destaca um aspecto positivo: os investimentos em prevenção e acompanhamento realizados nos últimos anos têm ajudado a minimizar os impactos das chuvas. Embora os desafios sejam grandes, as ações coordenadas e a melhora no monitoramento têm feito a diferença, permitindo que a resposta seja mais eficiente e rápida.

O alerta continua, e as autoridades seguem acompanhando a evolução das condições climáticas. A população deve permanecer atenta às orientações da Defesa Civil para garantir a segurança de todos.

Como se proteger?

• Evite passar por áreas alagadas ou atravessar enxurradas.
• Durante tempestades, procure abrigo seguro e evite ficar próximo a árvores, postes ou estruturas metálicas.
• Se perceber sinais de deslizamentos, saia da área imediatamente e avise as autoridades.

O canal de atendimento pode ser acionado para solicitar vistorias através do número 199. Em caso de emergências, podem ser acionados o Corpo de Bombeiros (193), a Polícia Militar de Minas Gerais (190) ou o Samu (192).