Coletivo Ori N’Oro lança sua primeira ficção com exibição gratuita do filme “A Quadrilha” em Itabira; confira
O filme, parte de uma releitura sensível e contemporânea do poema de Carlos Drummond de Andrade

No próximo domingo (27), o coletivo Ori N’Oro realiza o lançamento de ‘A Quadrilha’, seu primeiro filme de ficção, inspirado no famoso poema homônimo de Carlos Drummond de Andrade. O evento acontece a partir das 15h, na Rua Ipoema, nº 97, em frente à praça do Paredão, no bairro Pará. A entrada é gratuita e aberta ao público.
O evento contará com duas sessões de exibição do curta-metragem, além de atrações artísticas para toda a família. Entre elas: apresentação do Circo Massa, sessão de pintura facial com a artista Luciana Madeira, comidas, bebidas e um clima pensado para acolher e celebrar.
Sobre o filme
‘A Quadrilha’, o filme, parte de uma releitura sensível e contemporânea do poema de Drummond, que aborda os encontros e desencontros do amor, mas vai além. A produção mergulha nas vidas que seguem após as frustrações amorosas, com um olhar cuidadoso sobre os afetos e os caminhos que se desdobram a partir desses rompimentos.
Além de ser uma adaptação literária, o curta também é um manifesto. Idealizado e realizado pelo coletivo Ori N’Oro, o projeto busca exaltar e incluir infâncias negras e de crianças com transtornos psicológicos invisíveis, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O elenco é formado por crianças de 6 a 12 anos, que trazem, em cena, vivências marcadas por diversidade e potência.
O filme foi viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc, política nacional de incentivo à cultura, com mediação da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade. O projeto foi aprovado em dezembro de 2024, iniciado em janeiro de 2025 e teve a previsão de finalização no dia 20 de abril deste ano.
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Sobre o coletivo Ori N’Oro
Fundado em 2021 por Aléxia Leles, historiadora, e Marcos Vinicius Silva, formado em Letras e estudante de Relações Internacionais, o Ori N’Oro tem se dedicado a construir narrativas que amplificam vozes historicamente silenciadas. A valorização da cultura negra, a desconstrução de estereótipos e a promoção de espaços mais inclusivos e diversos estão no centro de sua atuação.
Com trabalhos voltados à arte-educação e ao audiovisual, o coletivo projeta um futuro ambicioso: continuar produzindo, formando parcerias e fortalecendo a rede de artistas mineiros.
Segundo o coletivo, o objetivo vai além da realização cinematográfica: ‘Queremos que essas crianças se vejam representadas, que sintam que pertencem ao espaço artístico e que seus corpos e histórias merecem ser contados com dignidade’, destaca Alexia Leles.