Collor está em presídio com superlotação e péssimas condições de estrutura

Collor não goza de regalias, sendo tratado de forma igual aos demais confinados no presídio, e teve como almoço uma quentinha

Collor está em presídio com superlotação e péssimas condições de estrutura
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com capacidade projetada para 892 presos, a Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, conta atualmente com 1324 homens, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em péssimas condições e com superlotação, segundo informações dos juízes corregedores dos presídios do Estado.

A última inspeção ocorreu no dia 2 de abril, segundo informação de um juiz corregedor do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).

Collor foi levado ao presídio após passar por uma audiência de custódia ocorrida por videoconferência na Polícia Federal, na manhã de sexta-feira (25), na capital do Estado.

O ex-presidente está em regime fechado em cela individual de uma ala separada de outros detentos por crimes os mais diversos.

A coluna do Metrópoles apurou que Collor não goza de regalias, sendo tratado de forma igual aos demais confinados no presídio, e teve como almoço uma quentinha, que é oferecida aos presos transferidos à Superintendência da PF em Maceió.

O ex-presidente foi preso em sua residência, na capital alagoana, quando se preparava para viajar e se apresentar à Polícia Federal, em Brasília.  

Na avaliação do Tribunal de Justiça encaminhada ao CNJ, as condições do presídio são péssimas.

Ele responde por corrupção e lavagem de dinheiro, em processo originado da Operação Lava Jato, e condenado em esquema envolvendo a BR Distribuidora e a UTC Engenharia e teve recurso interposto por sua defesa negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o condenou em 2023 e estipulou sua prisão em 8 anos e 10 meses.

Segundo a Ação Penal AP número 1.025, Collor recebeu mais de R$ 20 milhões com a ajuda dos empresários Luiz Pereira Duarte de Amorim e Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, visando contratos irregulares da UTC Engenharia e a BR Distribuidora para a construção de bases de combustíveis e, como compensação, ele daria apoio político para a indicação e manutenção de diretores da estatal.

* Fonte: Metrópoles