Cloroquina, solução indesejada
No Brasil, estudo com o medicamento é realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
O termo cloroquina ganhou notoriedade logo nas primeiras declarações do Presidente brasileiro, no início dessa pandemia. Bolsonaro destacou a importância do medicamento como possível aliado no tratamento do Covid-19 em todo o mundo.
A cloroquina – composto autorizado pela Anvisa – é um medicamento genérico, e faz parte da lista dos considerados essenciais pela OMS. Está presente nos balcões das farmácias brasileiras desde a década de 1950, sendo usado por profissionais da saúde em combinação a outras drogas, com eficácia no enfrentamento de inúmeras doenças no Brasil.
Como a diferença entre veneno e remédio é a dose, o mesmo se aplica à cloroquina. Dependendo de cada situação do tratamento – dos casos mais simples aos mais complexos – sua prescrição deve ser customizada, para se usar um termo mais atual.
As boas notícias do uso deste medicamento chegam de todos os lados. Planos de Saúde como o Prevent Senior e os Hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, em São Paulo, disseram terem testado seus pacientes com a droga. Pesquisadores na França e mesmo na China obtiveram resultados positivos no tratamento do Corona; por último, até a Rússia.
Isso desagrada aos grandes centros de pesquisa de todo o mundo, nesta corrida que trará trilhões de dólares a quem criar e patentear uma vacina que consiga frear a pandemia.
O que dirão os vários laboratórios instalados na China, país por onde sempre começam as pandemias que afetam o mundo inteiro desde o ano 2003? Comumente, a China identifica o vírus, anuncia os riscos para a saúde humana, espalha o pânico, em seguida se apresenta como principal fornecedor de máscaras, luvas, agasalhos, máquinas e equipamentos de uso hospitalar… E, claro, o fornecedor da vacina do vírus que ela primeiro detectou. Aquela máxima conhecida do bate e assopra.
A cloroquina é um produto barato, comumente usado. Não é a única opção de tratamento para o Covid-19. É uma delas. Seu uso é defendido pelo governo brasileiro. Vale aqui relembrar o protagonismo assumido mundialmente pelo Brasil, em 1996, ao disponibilizar gratuitamente o coquetel para cura da AIDS, que salvou milhões de vidas.
Mas, hoje, no Brasil, a massa que torce contra nem percebe que o avanço do Coronavírus pode ser contido com o uso de um medicamento genérico, produzido aqui.
André Moreira, brasileiro, publicitário, consultor em marketing e Diretor da Praxis Opinião e Mercado
O conteúdo expresso neste espaço é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.