Vagner Miranda – Enfrentando tempestades
Leia o novo texto do colunista da DeFato Online, Vagner Miranda
“Então, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram. E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia. Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos! Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança.
E maravilharam-se os homens, dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mateus 8:23-27) “…seus discípulos o seguiram.” Percebo que nos dias atuais há pouca compreensão sobre o que significa ser um cristão, a Bíblia nos mostra que ser cristão é ser um seguidor de Cristo, um autêntico discípulo, alguém que segue de perto o seu exemplo e seus ensinos. Para segui-Lo há que deixar os próprios caminhos, os caminhos de outros e fazer Dele o nosso Caminho, como Ele mesmo se apresentou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida…”
Para segui-Lo há que abandonar os conhecimentos preconcebidos e mergulhar em Seus Evangelhos, em Sua Palavra. Na leitura do Evangelho, podemos perceber que foram inúmeras as pessoas que, ao se encontrarem com Jesus, alcançaram uma graça, uma bênção, um milagre, uma palavra certa na hora certa, porém poucos de fato tornaram-se seus seguidores. Isso não é muito diferente nos dias atuais.
Mas há quem entra no barco com Ele, quem decide firmar compromisso com Deus. Imagine o que é estar na companhia de Jesus… proteção, bênçãos, milagres, vitórias, etc. Se um encontro pode marcar a nossa vida, imagine uma vida ao Seu lado. Como cristãos, discípulos, seguidores de Jesus, precisamos aprender algumas lições nesse texto que podem muito nos ajudar em nossa rota de fé.
A primeira lição é, seguir a Jesus não significa ausência de tempestades. (“eis que sobreveio no mar uma grande tempestade…”). É isso mesmo, Cristo em seu barco não é sinônimo de ausência de problemas. Muitos não entendem isso, acabam perdendo a fé em meio às dificuldades. Ele mesmo nos advertiu: “No mundo tereis aflições…”
A segunda lição é que, em meio às tempestades temos a tendência de tirar conclusões precipitadas e equivocadas. (“Perecemos!”). Eles pensaram que era o fim, e pior, que Jesus não se importava com isso. O medo tomou conta dos seus corações e eles não conseguiam enxergar uma saída daquela situação, mesmo sabendo que Jesus estava com eles.
Por isso Jesus os repreendeu, por ser tão pequena a fé deles. A fé nos transporta para além dos problemas, nos faz voar como águias e sobrepor as tempestades. Cuidado em tirar conclusões ou tomar decisões em meio a tempestade, elas podem ser precipitadas e até equivocadas, como dizem, é melhor deixar a poeira baixar.
A última lição que aprendemos aqui é que, não existe tempestade que Jesus não possa acalmar. (“E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança”). É em seus maiores problemas que Jesus mais irá te surpreender (“E maravilharam-se os homens, dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?”).
Você não faz ideia e ainda não viu tudo que Ele é capaz de fazer por você. Logo você vai descobrir que a melhor escolha que você fez foi ter entrado nesse barco, é verdade que mesmo com Cristo as coisas não são fáceis, mas imagine como elas seriam sem Ele. Só quem está com Jesus no barco pode dizer: “Senhor, salva-nos!”
Vagner Miranda é pastor da Igreja Halleluyah em Itabira. O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.