Com estádio cheio, Valério joga mal e perde por 1×0 para o América-TO

O jogo foi truncado do início ao fim, com o Valério sofrendo bastante com a quantidade de passes errados e as bolas alçadas na área adversária

Com estádio cheio, Valério joga mal e perde por 1×0 para o América-TO
Foto: Guilherme Guerra/DeFato
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O Valeriodoce Esporte Clube perdeu a sua primeira partida na Segundona Mineira, na manhã deste domingo (24), no Estádio Israel Pinheiro/Arena CEAD, em Itabira. Debaixo de um calor escaldante, os comandados de Paulinho Guará não fizeram uma boa atuação e saíram derrotados por 1×0, com um gol sofrido aos 10 minutos da primeira etapa. Com a vitória, os visitantes se isolaram na liderança do Grupo A, com 9 pontos, enquanto o Dragão de Itabira permanece na segunda posição, com os seis pontos que já possuía. Mesmo embaixo de uma ‘‘lua’’, 1698 torcedores fizeram presença para uma renda de R$32.940,00, o maior público registrado até então no torneio. 

 

O jogo foi truncado do início ao fim, mas no primeiro tempo, o Valério sofreu bastante com a quantidade de passes errados e as bolas alçadas na área adversária, que eram cortadas pela defesa americana. Além disso, o time de Teófilo Otoni esteve melhor postado defensivamente e foi mais firme na marcação, chegando até a fazer um ‘‘rodízio de faltas’’ em Felipe Muranga, camisa 10 valeriano por quem passava a grande maioria das jogadas. 

Foto: Guilherme Guerra/DeFato

O time de Itabira tentava controlar as ações de jogo, mas era pouco efetivo, enquanto o América explorava o contra-ataque. Logo aos 17 da primeira etapa, Ramon Caraci se lesionou e saiu para atendimento médico, com dores no joelho esquerdo. Mesmo com um a menos temporariamente, o Valério resolveu pressionar em cima e aí sofreu o derradeiro gol, após construção de jogada iniciada com o goleiro até os meio campistas do time de Teófilo Otoni.

O centroavante Clayvert tentou pressionar, mas viu o zagueiro do América avançar com a bola dominada e servir o passe para o camisa 10 Matheus Castanha. Ao se desvencilhar da marcação, Castanha abriu o jogo pela direita e momentos depois, após corte inicial da defesa valeriana, a bola sobrou limpa em seus pés, sem marcação alguma. O meio campista dominou, chapou de perna direita e mandou no canto esquerdo de Elzo, onde caprichosamente a bola bateu na trave e foi morrer no lado direito. 1×0 América. 

Foto: Guilherme Guerra/DeFato
Foto: Guilherme Guerra/DeFato

João Firmino entrou no lugar de Caraci, mas o VEC seguia cometendo erros na saída de bola e esticando muitos lançamentos aos laterais/alas Marcell e Jordan, que tinham que enfrentar os adversários no mano a mano. A defesa adversária era mais firme e ganhava os duelos por baixo e por cima. Felipe Muranga – o melhor homem valeriano em campo – tinha que flutuar em campo e vez ou outra aparecia na região central ou invertia de lado para a ponta esquerda, mas nada era realmente eficiente. 

Aos 42 minutos, finalmente o Valério conseguiu uma jogada clara. Novamente, em uma descida de Marcell, o lateral invadiu a defesa e foi interceptado, conseguindo escanteio para os donos da casa. Muranga cobrou no primeiro pau, em meia altura, e após corte parcial, a bola sobrou para Fornazier. O meia bateu pro gol mas foi prensado pela defesa, evitando a chance mais clara do Dragão no primeiro tempo. 

Foto: Guilherme Guerra/DeFato

Minutos depois, os 1.698 torcedores valerianos que estavam presentes inflaram o estádio com uma sonora reclamação. Tudo isso porque a defesa adversária recuou um passe ao goleiro, porém, o toque veio com a coxa, o que é permitido pela regra. Mas, por várias outras vezes os valerianos ficaram na bronca com o árbitro, Esdras Henrique Gonçalves do Couto. 

Segundo tempo

Paulinho Guará, que estava claramente insatisfeito com o desempenho do Valério, promoveu mudanças logo no retorno para a segunda etapa, sacando Clayvert e Fornazier, para dar lugar a Cristian Bauer e Luiz Phelippe. Luiz, camisa número 18, teve a chance mais clara do Valério logo no primeiro minuto da etapa final. O Valério emplacou um contra-ataque com quatro jogadores e viu Felipinho fazer um belíssimo passe para Luiz Phelippe. Cara a cara com o goleiro, o camisa 18 bateu mascado, com o goleiro já caindo ao solo e salvando o que seria o gol de empate para os donos da casa.

Foto: Guilherme Guerra/DeFato

Minutos depois mais uma bela trama do Valério: Maicon recuperou a bola logo na saída do América e serviu o volante Alberto. O camisa 5 bateu de perna canhota, mas viu Diego Cardoso voar de mão trocada para fazer a defesa. 

O Valério já tinha perdido Ramon Caraci por lesão, mas viu o zagueiro-artilheiro Roger Henrique sair machucado por lesão no tornozelo direito. Em seu lugar, entrou Carlos Henrique. Guará também sacou Marcell para colocar Vitor Gabriel, mas seguiu vendo o time itabirano sem efetividade, com dificuldades na aproximação dos jogadores e pouco agudo para furar o 4-4-2 do América. 

Apostando nas inversões de jogo, o VEC conseguiu duas boas oportunidades, mas pecou na conclusão: na primeira, Carlos Henrique penetrou na área mas se enrolou para concluir; na segunda, a bola foi alçada na área, mas Maicon cabeceou por cima da meta. 

Enquanto tentava construir as jogadas, o Valério dava espaço para o contra ataque, mas o América não conseguia aproveitar as chances. O tempo foi passando, o Valério seguiu refém dos mesmos problemas, o desgaste físico foi sentido e o gol não saiu. Com o apito final, coube apenas o lamento dos mandantes, enquanto os adversários faziam a festa.