Conheça o trap, movimento musical que têm conquistado jovens itabiranos

Molko, AKA JC e Teng, são alguns dos nomes do trap em Itabira

Conheça o trap, movimento musical que têm conquistado jovens itabiranos
Foto: Divulgação
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O trap é um estilo musical que surgiu nos anos 2000, em Atlanta, sul dos Estados Unidos, e que vem se fortalecendo cada vez mais nos últimos anos. Identificado como um subgênero do rap, tem como principal característica o “misto” de batidas, sintetizadores, graves robustos e timbres mais melódicos. Em Itabira, o trap tem ganhado espaço  trazendo nomes como Molko, AKA JC e Teng.

“Eu vejo o trap como um dos maiores gêneros em ascensão no momento. É um movimento que vem ganhando força e abrindo portas pra muitas pessoas”, disse o trapper Molko.

No Brasil, em 2013 o trap ganhou força com nomes como T.I. e Gucci Mane, ambos trappers norte americanos, que  conquistaram a atenção do público com suas batidas pesadas e letras descompromissadas. Além da visual afrofuturista.

Sucesso, principalmente, entre os jovens de 15 a 25 anos, o trap surge como uma identidade para a geração atual. O trappper Teng, que começou na músicas em batalhas de rima, contou que encara o movimento como uma forma de expressão.

“No cenário atual, eu enxergo o trap como um movimento onde os jovens conseguem se identificar uns com os outros. E a melhor parte é que conseguimos nos manifestar através de um gênero que não têm limites, pois podemos falar de inúmeros tipos de sentimentos”, afirmou.

O trap retrata desigualdade social e racismo, mas também relata ascensão social, drogas, sexos e outros temas. Molko, que atua no movimento desde 2017, tanto como trapper, quanto como produtor de outros artistas, afirmou que gosta quando as pessoas criam interpretações próprias sobre suas canções,

“Meu foco principal é levar sensações, que permitam ao ouvinte interpretar as minhas músicas da maneira que melhor cabe a ele. Ou seja, dar liberdade para que os sentimentos e pensamentos das pessoas que estão interagindo com a minha expressão artística, se aflorem livremente”.

O trap possui um revestimento de sonoridade multipla. O que, de certa forma, explica o porque de ser tão viciante, visto que ele reinventa a forma como os jovens consomem música.

Até 2018, mesmo já sendo inserido no meio musical, o cantor de trap AKA JC levava a música com um hobby. No entanto, hoje, ele se vê imerso dentro do movimento. Grato pela evolução do gênero perante a mídia, ele aponta que espera que as pessoas reconheçam que o ritmo é mais do que apenas “algo comercial”.

“Ao mesmo tempo que o trap vem se tornando se uma potência na mídia brasileira, as pessoas também estão esquecendo de onde movimento veio. É claro que esse crescimento é positivo, mas é importante reconhecer que o que estamos vivendo agora é reflexo de uma luta”, esclareceu AKA JC.

No Brasil, além do Rap, o movimento tem influencias do rock (nas letras expressivas) e também do funk.

Confira um pouco do trabalho do AKA JC, Molko e Teng: