Conheça Percival Drumond, o cachorro que virou mascote no Fórum de Itabira

Percival Drumond. O nome imponente passa a impressão de que se refere a uma grande personalidade. Mas, não se engane! Ele é, na verdade, um carismático e dócil cachorrinho que vive nas dependências do Fórum Desembargador Drumond, em Itabira. Pepê, como é chamado pelos mais íntimos, é um cão comunitário, tem casa, alimentação diária, atendimento […]

Conheça Percival Drumond, o cachorro que virou mascote no Fórum de Itabira
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Percival Drumond. O nome imponente passa a impressão de que se refere a uma grande personalidade. Mas, não se engane! Ele é, na verdade, um carismático e dócil cachorrinho que vive nas dependências do Fórum Desembargador Drumond, em Itabira.

Pepê, como é chamado pelos mais íntimos, é um cão comunitário, tem casa, alimentação diária, atendimento veterinário quando necessário e tudo mais que qualquer outro cachorro possa querer.

“Ele morava no lote onde o fórum foi construído. Quando as obras iniciaram, os pedreiros que construíram o prédio começaram a cuidar dele, ainda filhote. Davam água e comida. No decorrer da obra ele foi crescendo e continuou tendo os cuidados dos operários. Quando o fórum foi inaugurado, em 2015, por aqui ele ficou. Então, não foi algo que aconteceu de repente”, contou a advogada e tesoureira da OAB de Itabira, Sofia Ribeiro Pires Lage.

Tudo aconteceu com a permissão da ex-diretora do Foro, juíza Fernanda Chaves Carreira Machado. A atual diretora, juíza Cibele Mourão Barroso Figueiredo de Oliveira, manteve a permissão. Para cuidar do Percival muita gente entra em jogo.

Ainda na gestão do ex-presidente da OAB de Itabira, Geraldo Menezes de Almeida, uma “caixinha” para arrecadar recursos para o Pepê foi criada. Ela fica no balcão da sala da OAB no fórum hoje, com permissão do atual presidente Bernardo de Souza Rosa. Além disso, Geórgia Carmona, servidora do judiciário, recolhe pessoalmente recursos para ajudar nos custos mensais.

Durante o dia Percival é bastante dócil e nunca atacou ninguém. Mas depois que os portões se fecham e a noite chega ele se “transforma” no guardião do fórum. “O vigia conta que conta ele vai fazer a ronda a noite, o Percival vai na frente. Ele anda certa distância, depois para e espera o vigia chegar”, comentou a assistente administrativa da OAB, Aline de Castro Souza.

“Ele não deixa ninguém chegar perto do fórum. Inclusive, os juízes plantonistas ou qualquer outro servidor que precise entrar no fórum a noite tem que ter um pouco de cautela, porque o Percival avança. De dia ele é um docinho de coco, mas a noite o comportamento dele muda”, completou Sofia, que é apaixonada por animais e é engajada na causa.

Pepê é castrado, vermifugado e sempre que precisa de cuidados veterinários é levado no Dr. Pet, clínica parceira que oferece descontos nos tratamentos. Os cuidados diários ficam por conta dos servidores do fórum, principalmente os vigias, porteiros e auxiliares administrativas que trabalham na sala da OAB.

Legislação

Mas afinal de contas, qual a diferença entre um cão comunitário e o cão de rua? Em Minas Gerais, desde 2016, existe uma legislação própria que dispõe sobre a proteção, a identificação e o controle populacional de cães e gatos.

“Entende-se por cão ou gato comunitário aquele que, apesar de não ter responsável definido e único, estabelece com a comunidade onde vive vínculos de dependência e manutenção”, diz a lei 21.970 de 15 de fevereiro de 2016.

O cão comunitário é adotado por grupos específicos de pessoas, que têm a responsabilidade de cuidar dele, sem necessariamente levá-lo para casa. Essas pessoas precisam oferecer todas as condições para que os animais tenham uma vida saudável, exercendo a guarda responsável deste animal.

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