Conselho presidencial! Se produto está caro, não compre, diz Lula
A declaração de Lula é semelhante à do ministro da Casa Civil, Rui Costa, quando em janeiro deste ano falava a respeito da laranja e declarou que se a fruta estiver cara, troque por outra
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (6) que uma das formas de “controlar os preços” é o brasileiro pagador de impostos não adquirir produtos caros. Conforme Lula, ao tomar esta atitude, “quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque senão vai estragar.” As declarações foram dadas às rádios baianas Metrópole e Sociedade da Bahia.
Veja na íntegra:
“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai ao supermercado em Salvador e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Olha, se todo mundo tiver essa consciência de não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar o preço senão vai estragar. Isso é da sabedoria do ser humano: eu não posso comprar aquilo que eu acho que está sendo exagerado o preço, então vou deixar na prateleira, não vou comprar, compro amanhã, compro outra coisa, um similar. É um processo educacional que vamos ter que fazer com o povo brasileiro”.
A declaração de Lula foi alvo de críticas da oposição. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) ironizou a fala do petista: “Pela lógica então…Não abasteça seu carro, não compre os remédios que o mantêm vivo, não pague o aluguel da sua casa e vá morar na rua”.
A declaração de Lula é semelhante à do ministro da Casa Civil, Rui Costa, quando em janeiro deste ano falava a respeito da laranja e declarou que se a fruta estiver cara, troque por outra.
Entrevistado pelo Poder360, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Paulo Teixeira, disse que o governo vai adotar uma estratégia diferente, pleiteando no Orçamento de 2025, que ainda será analisado pelo Congresso, R$ 1 bilhão para fazer estoque, principalmente de arroz, feijão e trigo. Segundo Teixeira, é preciso reforçar de maneira cuidadosa as reservas contra as altas conjunturais de alguns alimentos.
“Nós estamos estimando que 1 bilhão dá para começar esse estoque . Se você tiver 1 bi para estocar, eu acho que você pode se concentrar em arroz, feijão e trigo. Então, com esses produtos nós podemos fazer um estoque bem, digamos assim, cuidadoso. E, assim, de uma maneira progressiva”.
Teixeira afirmou que a negociação poderá ser feita por meio do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) ou por estoque público direto, que é a compra direta do produtor.
“A gente vai agora discutir no Orçamento, tem que viabilizar recursos, é a medida de estoques públicos. Isto é, como a gente faz, de uma maneira bem cuidadosa para enfrentar as altas conjunturais de alguns alimentos”.