Construção de novo presídio está sob análise do Estado, diz vice-governador
Medida consta em documento entregue pela Prefeitura a Mateus Simões durante visita a Itabira nesta sexta-feira
Cumprindo agenda em Itabira nesta sexta-feira (10), o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), ouviu algumas das demandas mais urgentes do município atualmente. A principal delas, segundo o próprio Mateus, é o combate à violência, visto que o índice de criminalidade na cidade registrou um aumento entre 2021 e 2022, como aponta um documento da própria Prefeitura. E um dos temas abordados, claro, foi a construção de um novo presídio em Itabira, assunto que já foi, inclusive, alvo de audiências públicas recentemente.
Em entrevista coletiva, Mateus Simões afirmou que a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) está avaliando a obra, que, segundo ele, poderia custar até R$ 100 milhões ao Estado.
“O nosso antigo presídio acabou sendo desativado por estar na mancha de evacuação da área de autosalvamento da Vale. Então não foi uma decisão tirar o presídio daqui. Por outro lado, a gente tem passado por uma reestruturação do sistema prisional do Estado, com o fechamento das unidades de pequeno porte. As unidades de pequeno porte são antieconômicas porque exigem agentes de segurança demais em proporção ao número de detentos que apresentam. Precisamos de presídios sempre com mais de 150 pessoas em cada um deles. Sabemos que é uma demanda o retorno de uma unidade prisional pra cá, é um tema que está na Sejusp sob análise. O que precisamos é garantir que a gente tenha a área, e a Prefeitura tem se esforçado em viabilizar isso, mas também os recursos. A construção de um presídio de grande porte hoje é uma obra de cerca de R$ 100 milhões. Isso é bastante recurso, que demanda uma preparação a longo prazo. Mas é um tema que está na nossa pauta e uma reivindicação que o setor público e os advogados, tribunal, Ministério Público e nossa polícia vem sempre tratando conosco”, pontua.
Um dos efeitos negativos desta carência, diz o vice-governador, é o desvio de função realizado pelo efetivo policial, forçado a transportar os detentos a outros municípios.
“E o que mais me incomoda na falta do presídio aqui é o fato de termos que colocar efetivo policial à disposição do transporte do preso, porque isso significa risco aos nossos policiais. Policiais que deveriam estar no trabalho finalístico fazendo trabalho de mero transporte. Então isso traz problemas que são problemas de segurança no final das contas”, acrescenta.
A reativação ou construção de um novo presídio consta, também, em um documento entregue por Marco Antônio Gomes (PL) a Mateus Simões. Além disso, também são citadas, pela Prefeitura, como medidas necessárias um maior efetivo para as polícias Civil e Militar, equipamentos e viaturas.