Contaminação de gastroenterite em Guarujá é considerada surto
Região afetada é um importante ponto turístico do verão no sudeste brasileiro. Crescimento de casos cria alerta para autoridades
A situação em Guarujá, no litoral paulista, pode ser definida como surto por conta dos casos de gastroenterite que atingiram a população nos últimos dias. É o que informou a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. No município de Praia Grande, há um aumento do número de casos das doenças diarreicas, mas ainda não está confirmado que se trata de um surto. Trata-se de um importante ponto turístico, destino de milhares de pessoas no período de férias.
É o que afirma em entrevista à Agência Brasil, a diretoria da Divisão da Secretaria de Saúde do estado, Alessandra Lucchesi. Para ela, a termologia se justifica pelo volume de pessoas com os sintomas sendo atendidas na região. Ela explicou que é preciso ainda a confirmação de algumas informações por parte do município para entender a extensão do surto, e se ele abarca a cidade inteira ou apenas alguns bairros específicos.
Além de Guarujá, a pasta acompanha a situação dos atendimentos em Praia Grande. O município também apresentou um aumento no número de casos de gastroenterite, contudo, “as informações ainda estão sendo averiguadas pelo município para entender se há ocorrência de algum surto ou não”, disse.
No momento, ainda não é possível fazer uma comparação com o ano anterior para analisar um possível aumento. Isso porque o acompanhamento das doenças diarreicas tem um fechamento por semana epidemiológica. Nos próximos dias a equipe trabalhará para reunir mais informações sobre os casos em nível regional e estadual.
Investigação
Para identificar a origem dos casos, de transmissão hídrica ou alimentar, Alessandra Lucchesi explica que a equipe realiza um inquérito epidemiológico com os pacientes. O objetivo é identificar se, em algum momento, houve consumo de alimento em comum em determinado local. Há ainda investigação relacionada à água.
“Nesse contexto do litoral, a gente verifica tanto a qualidade da água do mar, tanto a água própria para consumo humano. Investigam-se quais foram as possíveis fontes de água que foram utilizadas, se foi a água do sistema de abastecimento público, se foi água de poço, se foi alguma outra água que foi adquirida. Todas essas questões, elas ainda estão em processo de investigação”, mencionou a diretora. A secretaria e os municípios estão em processo de coleta não apenas de amostras das fontes de água, mas das amostras de fezes dos pacientes para análise.
A partir disso, o Instituto Adolfo Lutz recebe o material para processamento, realizando pesquisas tanto para vírus quanto bactérias e parasitas. “Se for alguma bactéria, a gente leva mais ou menos dez dias para conseguir ter esse resultado. Se for vírus ou parasita, o resultado sai muito mais rápido.”
As informações são da Agência Brasil.