Contas Públicas registram saldo negativo de R$ 50,2 bilhões em maio, aponta Banco Central
No mesmo mês, em 2022, o déficit foi de R$ 33 bilhões
O setor público consolidado — que envolve governo federal, estatais, estados e municípios, com exceção da Petrobras, Eletrobras e bancos — registrou um déficit primário de R$ 50,2 bilhões em maio. No mesmo mês, em 2022, o déficit foi de R$ 33 bilhões. As estatísticas fiscais foram fornecidas pelo Banco Central (BC), na sexta-feira (30).
Nos 12 meses (maio 2022 a maio 2023), o setor registrou um superávit de R$ 39 bilhões, equivalente a 0,38% do PIB e 0,17 ponto inferior ao superávit acumulado até abril.
No boletim do BC, o relato de déficits de R$ 43,2 bilhões no governo central; de R$ 6,8 bilhões nos governos regionais (estados e municípios); e de R$ 168 milhões nas empresas estatais.
Os juros nominais (percentual de rentabilidade recebida por um investimento ou de juros pagos em uma dívida) apropriados pelo setor público consolidado atingiram R$ 69,1 bilhões em maio deste ano, contra R$ 33 bilhões em maio de 2022.
Contribuiu para esse aumento o resultado das operações de swap cambial (ganho de R$ 26,7 bilhões em maio de 2022 e perda de R$ 3 bilhões em maio de 2023).
No acumulado em 12 meses, os juros nominais alcançaram R$ 695,6 bilhões, ou, 6.77% do PIB em maio de 2023, comparando-se a R$ 500,5 bilhões, ou, 5,41% do PIB, nos doze meses até maio de 2022.
O resultado negativo foi puxado, principalmente, pela Previdência Social, com um rombo de R$ 34,6 bilhões.
Em relação ao resultado acumulado de janeiro a maio deste ano, o governo central registra um superávit de R$ 2,2 bilhões, frente a um superávit de R$ 39,7 bilhões no mesmo período de 2022.