Covid-19: 100% dos leitos de UTI estão ocupados no HNSD

Os leitos de enfermaria também inspiram preocupação, já que estão operando com 71% da sua capacidade

Covid-19: 100% dos leitos de UTI estão ocupados no HNSD
Foto: Thamires Lopes/DeFato
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Em Itabira, a pandemia do coronavírus segue avançando e já ameaça a rede hospitalar da cidade. Na noite desta quinta-feira (4), o Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) informou que todos os dez leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com coronavírus estão ocupados — tanto para a saúde suplementar (planos de saúde e particular) quanto para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os leitos de enfermaria também geram preocupação, pois estão operando com 71% da sua capacidade. Dos 21 leitos, 15 estão ocupados.

O HNSD já informou a Prefeitura de Itabira sobre o seu atual quadro. Além disso, a instituição comunicou as duas maiores operadoras de planos de saúde na cidade que não há vagas para internações em leitos Covid-19 e solicitou apoio delas para transferência de pacientes para a rede referenciada.

Nos últimos dias, a situação se agravou com a alta de casos de coronavírus em todo o país e, também, no município. Segundo Alexandre Coelho, diretor executivo do HNSD, a média de atendimentos diários no pronto atendimento (PA) mais do que dobrou — somente nos três primeiros dias de março houve crescimento de 118%.

Em fevereiro, a média de atendimento Covid-19 era de 34 pessoas, agora, com o aumento de casos e da curva de infecção, o PA tem recebido, em média, 75 pacientes por dia.

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O Pronto Socorro Municipal de Itabira (PSMI) se comporta da mesma maneira, porém, com um volume maior de pacientes. Em fevereiro, foram 51 atendimentos em média. Já em março, esse número subiu para 108 — um aumento de 109%.

“Chegamos no nosso limite de atendimento na UTI. A situação é preocupante e precisamos aumentar as medidas de segurança imediatamente para diminuir a propagação do vírus. Temos que unir esforços na luta contra a doença. Ainda temos alguns leitos de enfermaria disponíveis, mas se o número de contaminações continuar crescendo estaremos próximos de uma situação nunca vivida antes”, alertou Alexandre Coelho.