Cruzeirar? Nada. O Atlético já cruzeirou!
Galo vive uma realidade mais complicada do que parece
Há pouco mais de um mês, este humilde colunista que vos escreve questionou se o Atlético estava prestes a “cruzeirar”. Embora o termo ainda não conste no Dicionário Aurélio, trata-se do processo de gastar mais do que tem, entrar em uma bola de neve financeira e sofrer as dificuldades inevitáveis.
Nesta sexta-feira (17), entretanto, venho retratar-me. O Atlético, na verdade, já cruzeirou. Nesta manhã, uma reportagem do ge.com informa que o clube está prestes a completar dois meses de direitos de imagem atrasados. A luta para levantar recursos, diz a matéria, é diária, e o Galo vive de empréstimos bancários para se sustentar, uma medida que pode funcionar a curto prazo, mas tem alto potencial destrutivo. Aos interessados, trata-se da reportagem intitulada “Atlético-MG convive com atrasos, mas encaixa contratos curtos em novas peças para atender Coudet”.
Realidade fruto de seguidas gestões irresponsáveis. Ao contrário do Palmeiras, por exemplo, que encontra ferramentas para ser competitivo e saudável financeiramente, o Atlético claramente gasta mais do que arrecada, e uma hora a conta passa a não fechar.
Ainda há tempo de colocar o pé no freio e deixar de comprar sapato caro enquanto deve o aluguel. Mas a pergunta é: os dirigentes estão realmente interessados nisso? No fim, cada um segue o seu caminho, e o clube é quem paga o pato. Aliás, essa também foi uma lição deixada pelo maior rival do Atlético Mineiro.
Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.
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