Cruzeiro e Atlético protagonizam papelão internacional e desperdiçam valioso período de preparação

Pelo atual preço do dólar, antes a vergonha fosse paga em reais

Cruzeiro e Atlético protagonizam papelão internacional e desperdiçam valioso período de preparação
Foto: Cruzeiro/Reprodução X-Twitter

Em um fenômeno típico do futebol moderno, Atlético e Cruzeiro passaram uma vergonha internacional no último sábado (18), levando o que há de pior do nosso futebol para os States. O placar de 0 a 0 resume bem o que vimos (ou não vimos) durante longos 90 minutos em Orlando.

Não houve jogo. Faltas estúpidas, discussões, reclamações e a velha disputa de testosterona dos clássicos brasileiros que não leva a nada. Eram apenas 11 minutos de peleja e Eduardo e Saravia já haviam recebido o amarelo.

No geral, percebi o Cruzeiro um pouco mais interessado em jogar, mas com muitas dificuldades para criar chances. Ainda assim, houve pelo menos duas oportunidades claras com Gabriel Barbosa, que parou em Everson. Ainda houve tempo para uma blitz cruzeirense no final do segundo tempo, mas a bola insistiu em não entrar. 

Ainda falta claro, entrosamento e, principalmente, velocidade para executar o jogo proposto por Diniz. Mas se a decisão foi manter o técnico nesta temporada, é preciso tempo e paciência para cobrar um futebol mais convincente. Neste contexto, se torna impossível levar o jogo do sábado em consideração.

Do lado atleticano, muito pouco foi feito. Cuca, logo de cara, recorreu ao velho e engessado 4-2-3-1, com o estreante Gabriel Menino quebrando o galho pelo lado direito, Scarpa por dentro e Bernard pela ponta esquerda. 

Hulk, cujas melhores características brotam ao jogar com liberdade, foi limitado a um mero centroavante, sendo facilmente dominado pela defesa da Raposa. Seria um desperdício vê-lo assim nos demais jogos da temporada. Mas não surpreendente.

Do que houve de jogo, isso foi o máximo que pudemos observar. No geral, muitas encaradas, carrinhos e impressionantes 46 faltas, além da sensação de tempo desperdiçado em uma já sufocada pré-temporada. Pelo atual preço do dólar, antes a vergonha fosse paga em reais.

Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.

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