CSN Mineração expande operação em Minas Gerais em R$ 8 bilhões

A CSN inicia obras do Projeto Itabirito P-15 no Complexo Casa de Pedra em Congonhas

CSN Mineração expande operação em Minas Gerais em R$ 8 bilhões
Foto: @wirestock/Freepik

Visando a expansão de produção do minério de ferro de alto teor em Minas Gerais, a CSN Mineração (Cmin) inicia obras do projeto Itabirito P-15 no Complexo Casa de Pedra, em Congonhas, região central do estado, com um investimento estimado em R$ 8 bilhões até 2027.

O projeto foi o principal fator pelo aumento de 16,7% no capex da empresa no terceiro trimestre, chegando a R$ 475 milhões.

Diretor financeiro da Cmin, Pedro Oliva destacou, em uma conferência, que em outubro foram iniciadas as obras de infraestrutura mais pesadas na usina e, que “a partir daquele momento teremos um volume muito grande de atividade no pátio de construção”.

Oliva também ressaltou que o investimento no quarto trimestre deve dobrar em relação ao período anterior em função da intensificação das obras.

A mineradora destaca que os trabalhos em outubro envolveram grande mobilização de máquinas, pessoal e a execução das primeiras etapas de terraplenagem e estima a contratação de cerca de 4 mil funcionários reforçando o compromisso com o desenvolvimento local.

Presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch declarou que o projeto será realizado da melhor maneira possível e enfatizou que os avanços em Casa de Pedra “estão progredindo em ritmo muito bom”.

A nova planta vai produzir pellet feed premium, com teor de ferro entre 67,5% a 68%, inicialmente com a utilização de minério de baixo teor já armazenado no complexo, com a produção iniciada em 2027, atingindo a capacidade de 16,5 milhões de toneladas em 2028.

Em 2023, o complexo da CSN Mineração produziu 42,58 milhões de toneladas de minério de ferro com teor médio de 58% de Fe.

A expansão do projeto vai prolongar a vida útil da mina em ao menos mais 25 anos, com previsão de operações até 2080.

A estratégia da empresa é atender à crescente demanda por insumos de alta qualidade para siderúrgicas que pretendem reduzir as emissões de carbono e, tem com alvo, os mercados do Japão e Oriente Médio, com parte da produção já contratada por siderúrgicas japonesas vai contratos offtake. A CSN tem participação da nipônica Itochu Corporation, que adquiriu 10,74% das ações por R$ 4,42 bilhões, uma ampliação de 20% na participação da mineradora, mirando a utilização do minério e alto teor na produção de aço em parceria com a Emsteel, nos Emirados Árabes Unidos.

* Fonte: IstoÉ