Delegado descarta ajuda a aluno dentro da escola e investiga se houve apoio prévio

O delegado passou cerca de duas horas na escola para participar da coleta de provas adicionais e, assim, avançar com as investigações do caso

Delegado descarta ajuda a aluno dentro da escola e investiga se houve apoio prévio
A professora de educação física Cíntia, que imobilizou o aluno agressor no ataque a colegas e professoras à faca, deixa a Escola Estadual Thomazia Montoro, em Vila Sônia. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O delegado Marcos Vinicius Reis, que investiga o atentado desta segunda-feira (27), em escola na zona oeste de São Paulo, descartou que o agressor tenha tido ajuda durante os ataques. Ao mesmo tempo, ele reforçou que um possível apoio prévio ao estudante ainda é investigado. “Dentro da escola não teve (ajuda), ele agiu sozinho”, disse o delegado em entrevista à imprensa nesta terça-feira (28). Sobre o apoio prévio de outras pessoas, ele afirmou que é algo que demanda uma investigação por uma outra frente.

“Não descartamos (a participação de outras pessoas), é um trabalho que demanda uma análise mais profunda”, disse. Como mostrou o Estadão, o estudante chegou a anunciar o ataque nas redes sociais. “A investigação eletrônica, assim chamada, demanda quebras de sigilo, a gente tem que pedir autorização do Poder Judiciário, não são medidas que vão do dia para a noite.”

O delegado passou cerca de duas horas na escola durante a manhã desta terça para participar da coleta de provas adicionais e, assim, avançar com as investigações do caso.

“Faltaram algumas imagens que são importantes para a gente entender a dinâmica dos fatos”, disse. “O caso está esclarecido, existem imagens, e hoje nós estamos complementando desde a chegada dele aqui na escola.”

Essa reconstituição da cronologia, segundo ele, visa a entender por onde o aluno entrou na escola, em que momento colocou a máscara, onde tirou a faca da mochila, entre outros detalhes.

Nesta segunda, a delegacia que investiga o caso ouviu 32 testemunhas sobre o ocorrido. Segundo alunos da escola ouvidos pelo Estadão, o autor dos ataques teria se envolvido em uma briga na semana passada. O colega com quem brigou, que seria o principal alvo dos ataques, não foi à aula nesta segunda, mas prestou depoimento à polícia. “Já ouvimos”, disse Reis, sem dar mais detalhes sobre os conflitos que antecederam o atentado.

Aluno do 8º ano da escola, o adolescente de 13 esfaqueou e matou a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que foi enterrada nesta terça-feira, 28. Outras três professoras e um aluno ficaram feridos.