Deputado Nikolas Ferreira vai ao TCU e MPF contra gastos de Janja
A primeira-dama e o governo federal ainda não se manifestaram quanto às declarações do parlamentar mineiro e a abertura de investigações
O deputado-federal Nikolas Ferreira (PL-MG), afirmou, em sua conta na plataforma X, que vai acionar o TCU (Tribunal de Contas da União) e o MPF (Ministério Público Federal) para investigar possíveis casos de improbidade administrativa da primeira-dama Janja Lula da Silva, em relação aos seus gastos.
“Além de promover shows com recursos públicos e gastar milhões em viagens e hotéis luxuosos, Janja também já possui um gabinete próprio bancado com impostos dos brasileiros,” afirmou Nikolas.
O deputado argumenta que a manutenção de um gabinete próprio pela primeira-dama e o uso de funcionários públicos para promover a presença digital de Janja, caracterizariam “desvio de função”.
A plataforma que monitora os gastos de Janja, conhecida como “Janjômetro,” por meio dos dados do DOU (Diário Oficial da União) e o Portal da Transparência, acusam as despesas da primeira-dama no valor de R$ 66.875.823,95 até a noite desta quinta-feira (26), com maior volume de viagens.
O Janjômetro foi criado pelo deputado estadual de São Paulo, Guto Zacarias (União Brasil), e monitora as despesas de Janja a partir de reportagens de veículos de informação e também contribuição de leitores, com o objetivo de mostrar transparência no uso de recursos públicos.
Nikolas Ferreira faz críticas aos gastos da primeira-dama em um período em que o governo federal sinaliza a necessidade de redução de despesas e faz uso do dinheiro público para benefício privado. “Não podemos admitir a continuidade dessa farra”.
A primeira-dama e o governo federal ainda não se manifestaram quanto às declarações do parlamentar mineiro e a abertura de investigações.
A Usina Hidrelétrica de Itaipu encerra 2024 com um déficit de cerca de R$ 333 milhões, segundo documento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), mas os patrocínios da hidrelétrica a eventos tiveram maior volume a partir de maio de 2023, dois meses depois de Ênio Verri (PT) assumir a diretoria-geral do lado brasileiro da estatal, cuja indicação partiu do presidente Lula, com forte influência de Janja em parte desses repasses paralelos.