Após desejar morte de Lula durante Comissão de Segurança, deputado pede desculpas em plenário

Na sessão desta quarta-feira (9), o deputado se desculpou em plenário com seus pares, admitindo que “exagerou”

Após desejar morte de Lula durante Comissão de Segurança, deputado pede desculpas em plenário
Foto: Ricardo Stuckert /PR/Flickr

Durante sessão da Comissão de Segurança da Câmara, na quarta-feira (8), o deputado federal Gilvan da ‘Federal’ (PL-ES), repetiu por três vezes que gostaria que o presidente morresse. “Nem o diabo quer o Lula, é por isso que ele está vivendo aí, superou o câncer. Tomara que ele tenha uma taquicardia porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando o Brasil. E eu quero mais é que ele morra mesmo”.

A fala aconteceu durante uma sessão que debatia um projeto de lei visando desarmar a segurança pessoal de Lula, onde Gilvan é o relator do texto na Comissão de Segurança. A proposta foi apresentada pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e aprovada, mas terá que passar por mais duas comissões na Casa antes de ser enviada ao Senado para a palavra final.

 Na sessão desta quarta-feira (9), o deputado se desculpou em plenário com seus pares, admitindo que “exagerou”.

“Eu aprendi com o meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Um cristão não deve desejar a morte de ninguém. Eu não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar preso, deveria pagar por tudo de mal que ele fez ao nosso país, mas reconheço que eu exagerei na minha fala. Peço desculpas.”

A fala do deputado chegou até a AGU (Advocacia-Geral da União),  que pediu à Policia Federal e ao Ministério Público que abram uma investigação criminal. A AGU vê nas declarações a configuração de crime de incitação ao crime e ameaça, além de que essas manifestações tenham extrapolado o limite da sua imunidade parlamentar.

O deputado Flávio Bolsonaro (PL-RJ) teceu críticas ao colega de partido, afirmando que: “Não é a postura que se espera de um parlamentar que está ali para discutir as coisas sérias do Brasil”.

Gilvan está envolto em outra polêmica e foi condenado pela Justiça Eleitoral por violência política de gênero em março deste ano. Em 2021, ainda vereador, ele chamou a deputada Camila Valadão (PSOL-ES), também vereadora à época, de “satanista”, “assassina de bebês” e “assassina de crianças”, durante sessão na Câmara Municipal.

* Fonte: UOL