Devido a água poluída do Saae, Unifei não terá aulas presenciais nesta semana
Servidores também estão liberados para atuar remotamente
A péssima qualidade da água distribuída pelo Saae a diversos bairros itabiranos nos últimos dias impactou, também, a rotina escolar da Unifei Itabira. Em comunicado enviado à comunidade acadêmica nesta segunda-feira (13), a universidade libera estudantes e servidores para atividades remotas até a próxima sexta-feira (17).
Para tomar a decisão, a Unifei alega “a necessidade de esvaziamento e limpeza dos reservatórios de água” do seu campus, a preservação da saúde da comunidade universitária e um pedido feito pela direção geral da instituição de ensino. Confira o comunicado completo logo abaixo.
Entenda
Segundo o Saae de Itabira, entre a noite de sexta-feira (10) e a manhã de sábado (11), houve um descarte irregular na rede pluvial na região do distrito industrial do município, contaminando o sistema de abastecimento da ETA Pureza, responsável por abastecer cerca de 60% dos bairros itabiranos.
Com isso, a autarquia suspendeu a captação na estação, interrompendo a distribuição de água. A seguir, foi iniciada uma inspeção técnica das redes e coleta da água em diversos locais. Além disso, foram realizadas descargas monitoradas para liberar água para a superfície. Para tal, a autarquia abriu registros em pontos específicos da rede de distribuição de água.
O Saae também informou que providenciou a limpeza dos reservatórios da ETA Pureza até que a água chegasse aos parâmetros estabelecidos pela legislação das diretrizes para o saneamento básico, o que aconteceu na noite de domingo. Cerca de 15 servidores foram envolvidos nesta força tarefa.
Porém, durante todo esse período, moradores de diversos bairros da cidade ficaram impossibilitados de consumirem água, já que o abastecimento estava interrompido e os reservatórios das residências continham a água com mau cheiro e coloração escura. Diante do desabastecimento e sem informações por parte do poder público, muitos itabiranos recorreram aos supermercados e distribuidoras de bebidas para comprar água mineral — esvaziando as prateleiras e estoques de muitos estabelecimentos.
Com o incidente, moradores dos bairros afetados cobram do Saae ressarcimento pelos prejuízos e transtornos causados no período.