Doença Esporotricose é tema de reunião na Câmara de Monlevade

O objetivo do encontro é buscar soluções para conter o avanço da doença e evitar uma epidemia local.

Doença Esporotricose é tema de reunião na Câmara de Monlevade
Foto: Divulgação

Você já ouviu falar sobre a doença esporotricose? Na tarde dessa terça-feira (14), a Câmara Municipal de João Monlevade, em atendimento ao requerimento 19 do vereador Marquinho Dornelas (PDT), realizou uma reunião para discutir sobre o tema. O objetivo do encontro é buscar soluções para conter o avanço da doença e evitar uma epidemia local.

O que é?

A esporotricose é uma micose causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que é encontrado na natureza em solo, palha, vegetais, espinhos e madeira. A ocorrência da doença era comum entre jardineiros, agricultores ou pessoas que tivessem contato com plantas e solo em ambientes naturais onde o fungo pudesse estar presente em materiais orgânicos.

A reunião foi mediada pelo vereador Marquinho Dornelas (PDT) e contou com a presença dos vereadores Revetrie Teixeira (MDB), Gustavo Prandini (PTB), Belmar Diniz (PT), além do secretário de Meio Ambiente, Samuel Domingues, a coordenadora da Vigilância Sanitária, Viviane Ambrósio, médica veterinária da Visa, Kátia Castro, representante do COMPA e da SOS Animais, Rosimeire Magalhaes, representantes do COMPA, Carlos Alberto dos Santos e Lucineia Alvarenga e representando o setor de Fiscalização, Geraldo Leônidas.

Necessidade

De acordo com Dornelas, em agosto de 2022, a cidadã Ana Marques informou na Comissão de Participação Popular sobre a doença esporotricose que estava se espalhando, principalmente na região do Cruzeiro Celeste. Marquinho relatou que, embora ofícios tenham sido enviados solicitando a adoção de medidas, pouco foi feito. Segundo ele, a Secretaria de Saúde informou que realiza o tratamento humano da doença e que uma campanha foi feita em dezembro do ano passado.

O vereador expressou sua preocupação com a falta do medicamento necessário para o tratamento na Farmácia Municipal, relatando o caso de uma pessoa que precisou do remédio, mas não conseguiu encontrá-lo, tendo que arcar com os custos. Ele solicitou que a situação seja verificada e que medidas sejam tomadas para garantir que o medicamento seja disponibilizado bem como sugeriu a possibilidade de reembolso dos gastos com medicamentos feitos pela cidadã infectada com a doença.

Dornelas ainda informou que no caso de um animal doente, a responsabilidade de recolher e eutanasiar é da Vigilância Sanitária e não do tutor. “É urgente resolver essa situação para evitar que a doença se torne uma epidemia.”

Por sua vez, Ana Marques relatou que sempre é procurada por pessoas para falar sobre a doença. Além disso, ela informou que tem um gasto alto com medicamentos para tratar os casos que chegam até ela. Ana pediu apoio do Executivo para que promova campanhas de informações sobre a doença com objetivo de diminuir a proliferação dos casos.

Procedimentos

A veterinária, Kátia Castro, explicou que nos casos que chegam até a Vigilância é realizado um exame para detectar a doença. Além disso, ela ainda informou que houve uma reunião com os agentes de saúde, enfermeiros, médicos para discutir o assunto, seguida por um treinamento com os agentes de endemias. Após este treinamento, uma cartilha foi distribuída nas residências.

A coordenadora da Visa, Viviane Ambrósio, explicou que o órgão segue o protocolo disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Ela destacou que a VISA já está adquirindo gatoeira para recolher os animais machucados e realizar os exames. Viviane ainda ressaltou a importância das pessoas notificarem o órgão para que sejam adotadas políticas públicas. Ela ainda informou que até o momento, apenas 2 casos foram notificados na Vigilância Sanitária.

O vereador Belmar Diniz e Revetrie Texeira se colocaram à disposição para buscar alternativas e minimizar o problema. Revetrie enfatizou a importância em promover uma campanha ampla sobre o assunto para que mais pessoas tenham conhecimento da doença. O vereador Gustavo Prandini destacou que além da esporotricose, outras doenças como a leishmaniose também merecem atenção por parte do Executivo. Ele ainda enfatizou que a responsabilidade não é somente do poder público, mas também de todos aqueles que possuem animais.