Eduardo Bolsonaro nega voltar ao Brasil mesmo após decisão favorável de Moraes
O parlamentar solicitou licença (não remunerada) nesta terça-feira (18) e optou por ficar nos EUA, onde está desde o dia 27 de fevereiro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) declarou na terça-feira (18) que não há a mínima possibilidade de retornar ao Brasil mesmo com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em arquivar o pedido de retenção do seu passaporte.
Moraes seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que se manifestou contra a medida cautelar oficializada pelo líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, Lindbergh Farias, junto à Corte.
O líder petista tentava evitar que Eduardo Bolsonaro assumisse a Comissão de Relações Exteriores da Casa Baixa por causa de sua atuação junto a Donald Trump, nos Estados Unidos, alegando que o deputado do PL trabalhava contra os interesses nacionais para constranger o Supremo Tribunal Federal.
Para Paulo Gonet, Procurador-Geral da República, as ações de Eduardo não configuram os crimes de que é acusado, uma vez que se dão no âmbito do exercício parlamentar.
O parlamentar solicitou licença não remunerada na terça-feira (18) e optou por ficar nos EUA, onde está desde o dia 27 de fevereiro, pois, segundo postagem nas redes sociais, pretende defender os interesses do Brasil junto ao governo Trump, subsidiando congressistas norte-americanos com informações da atual conjuntura do judiciário brasileiro.
“Não há a mínima possibilidade de voltar ao Brasil. O Brasil não é um local seguro para você fazer oposição, um local onde não há liberdade de expressão. O Alexandre de Moraes, como a gente sabe, é um psicopata. Então, não há a menor possibilidade de eu voltar”, afirmou à Revista Oeste.
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