Em carta, Itabira pede reconhecimento a papel que exerceu no desenvolvimento da mineração
Itabira foi sede durante toda esta quinta-feira, 27 de junho, para um evento da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) que discutiu o cenário do município pós-exaustão das minas da Vale. Ao fim do encontro, a secretária de Meio Ambiente, Priscila Braga Martins da Costa, leu uma carta em que […]
Itabira foi sede durante toda esta quinta-feira, 27 de junho, para um evento da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) que discutiu o cenário do município pós-exaustão das minas da Vale. Ao fim do encontro, a secretária de Meio Ambiente, Priscila Braga Martins da Costa, leu uma carta em que a cidade reivindica “que o país reconheça o papel fundamental que Itabira exerceu no desenvolvimento quantitativo e qualitativo da mineração no Brasil”.
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Trecho do documento afirma que a cidade “é o exemplo mais forte dos impactos da mineração e o maior laboratório do setor mineral no Brasil e no Mundo”. “Berço da Vale, maior complexo minerário do Estado, com barragens de volumes estratosféricos de rejeitos, e um horizonte de redução significativa da extração de minério de ferro”, elenca a carta do município.
O documento também cita a importância da Unifei para o futuro de Itabira. A instituição é tida como a grande propulsora para a mudança do cenário econômico do município, que pretende migrar para o fortalecimento da educação e tecnologia. Nesse sentido, já está acordado que a Vale investirá na construção dos próximos prédios do campus itabirano.
“Nesse passo é fundamental a compreensão do conceito da tripla hélice: poder público, sociedade civil e iniciativa privada giram o motor da economia, do desenvolvimento e da sustentabilidade. Prefeitura de Itabira, Unifei e Vale implantam esse modelo. Já é uma realidade”, diz a carta lida ao fim do evento.
Confira, na íntegra, o texto lido na reunião da Amig:
CARTA DO MUNICÍPIO DE ITABIRA
Minas Gerais e as cidades mineradoras passam por um momento singular. Nascemos mineiros. A mineração está em nosso DNA. Ela é inseparável de nosso corpo e alma.
Nossa formação como Estado iniciou com a mineração de ouro, se desdobrando em diamantes, esmeraldas, nióbios e principalmente minério de ferro.
Povoados, vilas e cidades erguidas às margens das minas. Atualmente, várias delas se confundem com a própria mineração sem distinção de espaços.
Toda atividade é risco. Todo ideal é risco.
Hoje, as atividades minerárias passam por uma situação crucial. Busca-se até a reparação por danos existenciais.
Importante que as experiências do passado sejam plenamente assimiladas, visando maior segurança, conforto, transformação social e sustentabilidade.
Itabira é o exemplo mais forte dos impactos da mineração e o maior laboratório do setor mineral no Brasil e no Mundo: berço da Vale, maior complexo minerário do Estado, com barragens de volumes estratosféricos de rejeitos, e um horizonte de redução significativa da extração de minério de ferro.
Itabira vivencia uma nova realidade, com trabalho e responsabilidade.
Estudos realizados mostram a principal vocação da cidade: a transformação por meio da Educação e da Tecnologia.
Nesse passo é fundamental a compreensão do conceito da tripla hélice: poder público, sociedade civil e iniciativa privada giram o motor da economia, do desenvolvimento e da sustentabilidade. Prefeitura de Itabira, Unifei e Vale implantam esse modelo.
Já é uma realidade.
É necessário que o país reconheça o papel fundamental que Itabira exerceu no desenvolvimento quantitativo e qualitativo da mineração no Brasil e que esse reconhecimento, de fato, se transforme em responsabilidade e ações para que a história, contada até aqui, seja de êxito também após o encerramento do ciclo de exploração mineral no Município.
Este encontro é o marco do nosso trabalho. Por meio da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), nós, municípios mineradores, 1 de 3 fazemos o marco da transformação de nossa realidade, com soluções seguras, concretas e uma nova visão de minerar.
A mineração é finita, as cidades não, as pessoas não, a vida não.
Itabira não é finita. Precisa continuar próspera e exemplar.
Este encontro é o marco do nosso trabalho, unidos por meio da Amig para fazer a mineração do futuro e o futuro sem a mineração.