Em greve por campanha salarial, servidores dos Correios mantém funcionamento em todo o país
Correios adotou medidas como o remanejamento de profissionais e a realização de horas extras para cobrir ausências pontuais
Após a assembleia do último dia 7, servidores dos Correios optaram por entrar em greve. No entanto, o funcionamento do serviço permanece normalmente em todo o Brasil.
Segundo um comunicado dos Correios, cerca de 92% da equipe está em atividade. Assim, todas as agências permanecem abertas e as entregas estão sendo realizadas, apesar da paralisação anunciada pela Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT). Além disso, a empresa adotou medidas como o remanejamento de profissionais e a realização de horas extras para cobrir ausências pontuais.
Reivindicações
Os Correios propuseram um aumento de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025 e de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024. Além disso, ofereceram um aumento de 20% na função para motociclistas e motoristas. No entanto, servidores recusaram essa primeira proposta.
De acordo com a empresa, o regulamento do plano de saúde está sendo ajustado para reduzir a coparticipação de 30% para 15%, com previsão de implementação no próximo mês, após os ajustes necessários. Entretanto, a categoria requer mais:
“A insatisfação dos trabalhadores é evidente e se reflete na rejeição unânime à proposta da ECT. De fato, a proposta da empresa não prevê reajuste salarial imediato, adiando-o para janeiro de 2025, e ignora a recuperação dos benefícios retirados nos últimos anos. Outro ponto crítico é o plano de saúde, que consome mais de 30% dos salários dos trabalhadores, comprometendo sua qualidade de vida”, afirmou a FINDECT em nota.
Além disso, a empresa também anunciou um vale alimentação/refeição extra de R$ 50,93, de agosto a dezembro de 2024, para servidores com remuneração até R$ 7,3 mil, e um vale extra de R$ 1.120,47 a ser pago em dezembro de 2024. Em nota, o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, alegou prezar pelo diálogo.
“Reafirmamos nossa disposição ao diálogo para a construção de um Acordo Coletivo de Trabalho que seja benéfico para todas as partes envolvidas, mantendo nosso posicionamento firme e convicto de que a mesa de negociação é a melhor saída para todas e todos”, declarou.
Confira as negociações feitas até o momento:
- Aperfeiçoamento dos Grupos de Trabalho e readmissão de três trabalhadores.
- Atendimento psicossocial para vítimas de assédio.
- Concessão de até 2 dias de licença para mulheres com sintomas graves associados ao fluxo menstrual.
- Aumento das licenças paternidade e em caso de adoção.
- Aumento do tempo de amamentação para 3 horas diárias e jornada de 5 horas corridas para lactantes.
- Inclusão de cláusula para incentivo e participação das mulheres na liderança da empresa.
- Aumento de licença remunerada para vítimas de violência doméstica, de 10 para 20 dias.
- Concessão de um salário base para mudança de domicílio para vítimas de violência.