Em meio à pandemia, empresária itabirana Angélica Reyder escreve um novo capítulo de sua história

Independente, Angélica conta que sempre gostou de ter as suas próprias coisas. E começou a se envolver com vendas ainda no ensino médio

Em meio à pandemia, empresária itabirana Angélica Reyder escreve um novo capítulo de sua história
Foto: Bruno Andrade/ DeFato Online
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“Tudo que um sonho precisa para se tornar realidade é de alguém que acredite que ele possa ser realizado”. A frase do médico e palestrante Roberto Shinyashiki, sem dúvidas, define muito bem a empresária Angélica Reyder. Natural de Itabira, Angélica se descobriu empreendedora ainda na adolescência, mas foi durante o período em que morou na cidade de Itaúna, que esse seu lado aflorou de vez.

Independente, a empresária conta que sempre gostou de ter as suas próprias coisas. Assim, ainda no ensino médio, ela começou a vender bombons na escola. Todavia, o seu amor pela área se revelou pouco mais tarde, na faculdade de direito, quando o desemprego apertou. 

“Foi no terceiro período da faculdade de direito, sem conseguir emprego, que eu resolvi investir mesmo nas vendas. Comecei vendendo bijouterias. Eu viajava para comprar e revender. Pouco tempo depois comecei a investir também em semijóias”, contou.

E foi como “sacoleira” que Angélica Reyder se descobriu uma verdadeira empreendedora. Primeiro, comercializando seus acessórios de porta em porta, depois usando e abusando da comunicação via whatsapp e redes sociais. Foi só uma questão de tempo até que ela começasse a fidelizar os seus clientes.

Os acessórios vendidos por ela, em sua maioria, chamavam atenção por se tratarem de complementos que ela mesma usava em seus looks. Ser uma vitrine viva dos próprios produtos acendeu a curiosidade dos clientes. Não demorou muito até que eles solicitassem que ela investisse na venda de roupas.

“Quando recebi os primeiros pedidos entrei em contato com a minha mãe. Na época, ele disse que roupa era muito diferente de acessório e que era um risco. Mas, como as pessoas estavam pedindo, eu falei: vamos testar?”, relatou Angélica. 

Angélica Reyder se surpreendeu com o resultado. A mudança de área foi tão positiva que as roupas começaram a dar um retorno muito mais imediato e maior que os acessórios. Isso fortaleceu ainda mais o amor da empresária pela profissão. Mesmo estando perto de se formar, ela já tinha certeza que o seu coração pertencia ao empreendedorismo e não ao direito. “Eu já estava fazendo o que eu amo, o que eu gosto, já era minha renda. Então não me via fazendo outra coisa”, disse.

Pandemia X Espelho da Angel

Entretanto, muitas surpresas ainda estavam por vir. Em dezembro de 2019, um grande número de clientes itabiranas começou a procurar a empresária. Ainda morando em Itaúna, ela e o marido Lucas Sousa, sempre vinham à Itabira com a caminhonete cheia de sacolas lotadas de pedidos.

Porém, a pandemia do novo coronavírus chegou como um susto. Após uma semana sem trabalhar, ela virou o jogo. Com o apoio do marido e ciente de que seu negócio não poderia parar, começou a criar novas estratégias para valorizar o seu trabalho. Nascia ali o famoso Espelho da Angel!

O quadro criado para o Instagram de Angélica, usando a ferramenta stories como aliada, serve para apresentar às clientes as principais novidades disponíveis para compra. O sucesso do quadro foi tão grande que Angélica precisou virar noites e noites embalando encomendas para clientes em Itabira. 

“Nós tínhamos tantas demandas para Itabira que, às vezes, vínhamos só para entregar a mercadoria e ficávamos mais de 15 ou 20 dias. Inclusive, sempre trazíamos roupas extras pois sabíamos que as pessoas poderiam procurar”, relembra a empresária. 

Seria este outro sinal para Angélica? Com certeza! As constantes idas e vindas entre Itabira e Itaúna deixaram claro que o mercado itabirano chamava por ela. Assim, em julho deste ano, a empresária voltou de vez para a terra Natal.

A boa filha à casa torna

Logo quando voltaram, Angélica e Lucas alugaram um apartamento no centro da cidade. A escolha do endereço visava, principalmente, facilitar a vida dos clientes. Ativos nas redes sociais, e seguindo firmes como sacoleiros, eles realizaram um outlet. O evento, que aconteceu em agosto, no apartamento do casal, foi mais um sinal positivo para a empresária.

“O outlet teve uma proporção ainda maior do que eu esperava. Muitas pessoas nos procuraram! E eu tive que deixar a porta do meu apartamento aberta devido ao grande entra e sai. Até tive medo da reação dos vizinhos”, afirmou. 

Cliente em primeiro lugar 

Segundo o marido Lucas Sousa, a simpatia da esposa, aliada à dedicação e ao atendimento, foram os pontos cruciais ao longo deste caminho. Ele afirma que Angélica sempre priorizou o bem estar de seus clientes. 

“Os próprios clientes falam muito do atendimento, pois um bom atendimento não é diferencial, é obrigação. Então, coisas como agilidade em responder e um atendimento dedicado chamaram a atenção das pessoas”, destacou. 

Outro diferencial é o serviço de delivery. Com foco em atender aos clientes da melhor forma possível, Angélica e Lucas buscaram agilizar ainda mais o trabalho. “Eu sou muito chata com algumas coisas. Trato os meus clientes da forma como eu gostaria de ser tratada”, relatou Angélica.

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Foto: Bruno Andrade/ DeFato Online

Loja Angélica Reyder 

Com os negócios dando retornos positivos, e a uma marca já consolidada, a empresária precisava dar um passo a mais em sua caminhada. Assim, em novembro de 2020, nasceu a loja física “Angélica Reyder”, já em funcionamento na rua Água Santa, 210, no Centro de Itabira.

“Eu voltei para Itabira sabendo que queria abrir a minha loja. Não esperava que fosse acontecer tão rápido, até porque estamos em uma pandemia. Mas, no fim deu tudo certo. Ou melhor, está dando certo”, comemora.

 

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Foto: Bruno Andrade/ DeFato Online