Empresário do Porsche se entrega à Polícia Civil e é fichado no sistema prisional de São Paulo

Fernando Sastre é réu por homicídio qualificado e lesão corporal grave

Empresário do Porsche se entrega à Polícia Civil e é fichado no sistema prisional de São Paulo
Foto: Reprodução/TV Globo

Após se entregar à Polícia Civil na tarde de segunda-feira (6), Fernando Sastre de Oliveira Filho (24), considerado foragido, até então, foi fichado e posou para sua foto de entrada no sistema prisional paulista.

Com os cabelos desgrenhados, Sastre teve seu registro de preso atualizado nesta quinta-feira (9), e segue atrás das grades no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 de Guarulhos, na Grande São Paulo, e dali será transferido para a Penitenciária de Tremembé, no interior paulista.

O empresário chorou e ficou sem dormir e, segundo informações vazadas, ele disse que “preferia ter morrido do que ter que passar por tudo isso”.

Sastre é acusado por dirigir embriagado seu Porsche, avaliado em mais de R$ 1 milhão, e provocado a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana (52), que teve seu veículo Renault Sandero atingido pelo carro de luxo, no bairro de Tatuapé, na zona leste da capital paulista.

O Ministério Público (MPSP) apresentou recurso junto ao desembargador João Augusto Garcia, da Quinta Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), que acolheu a solicitação.

Anterior a essa decisão, juízes de primeira instância haviam recusado três pedidos de prisão contra o empresário.

O desembargador revogou medidas cautelares que haviam sido impostas, como a proibição de contato com testemunhas, mas manteve a fiança de R$ 500 mil.

Além da morte de Ornaldo Viana, do qual Fernando Sastre é réu por homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima. O estudante Marcus Vinicius Machado Rosa (22), que estava de carona no Porsche, teve quatro costelas fraturadas e perdeu o baço. Marcus foi hospitalizado por duas ocasiões e teve sua liberação na segunda-feira (6).

Embora com nítidos sinais de embriaguez, Fernando Sastre recebeu autorização dos militares que atenderam a ocorrência para ir embora, sem passar antes pelo teste do bafômetro.

Fernando foi liberado após pedido da mãe, que justificou a necessidade de levá-lo ao hospital, o que não ocorreu.

O Instituto de Criminalista concluiu que a velocidade média do carro de luxo estava em ao menos 165 km/h. Quando se apresentou à polícia, Sastre afirmou que “estava um pouco acima da velocidade permitida, que é de 50km/h”.

Um amigo do Fernando admitiu que ele havia ingerido bebida alcóolica antes do acidente, contrariando depoimento do empresário.