ENTREVISTA: Com tecnologia, empreendedorismo e inovação, projeto CITInova busca transformar Itabira em um ambiente sustentável

A iniciativa busca estimular alunos e professores da Unifei Itabira a desenvolverem soluções inovadoras para o município

ENTREVISTA: Com tecnologia, empreendedorismo e inovação, projeto CITInova busca transformar Itabira em um ambiente sustentável
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Um projeto inovador para tonar a cidade um ambiente sustentável: assim podemos definir o projeto CITInova Itabira. A iniciativa, que tem apoio da Prefeitura Municipal, é desenvolvida pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e a Fundação de Pesquisa e Assessoramento à Indústria (Fupai). O CITInova visa unir alunos e professores da instituição de ensino para trabalharem em conjunto com o poder público para solucionarem demandas locais, de qualquer setor, mas sempre com olhar voltado ao empreendedorismo e a inovação.

Vale ressaltar também que existe uma pauta de assuntos e áreas a serem abordados pelo CITInova. Cada ação visa tocar em um viés social. Hoje, 12 projetos são desenvolvidos, indo desde o turismo até questões socioambientais. 

A equipe de DeFato conversou com a professora e vice-diretora da Unifei Itabira, Giselle de Paula Queiroz Cunha, para entender sobre as diretrizes e objetivos do CITInova em Itabira. A paraense tem graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade do Estado do Pará. Seu doutorado em Ciência da Engenharia Ambiental foi pela Universidade de São Paulo (USP). 

Giselle Cunha está na Unifei há quase 15 anos, ou seja, acompanhando a universidade desde a sua instalação na cidade. Antes de ingressar na universidade de Itabira, por meio de concurso público, a vice-diretora desenvolveu importantes trabalhos no estado do Mato Grosso. No campus itabirano, a docente é coordenadora de Extensão. 

Giselle Cunha: Como surge o projeto CITInova na cidade?

Esse projeto é um sonho antigo para a Unifei. Só para se ter noção, gastamos um ano para colocar no papel a ementa e tudo que seria desenvolvido e tramita-lo para aprovação posteriormente. A sua criação é muito burocrática, já que envolve recurso significativo, cerca de R$ 4,5 milhões por ano e nove instrumentos jurídicos. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Itabira na ocasião, Breno Pires, procurou membros da universidade para colocar um projeto em pauta na área. A Prefeitura levantou as demandas da secretaria e fizemos uma série de reuniões com o corpo técnico da Unifei e vimos que dava conexão com nossos interesses. 

Entretanto, duas premissas eram de extrema importância que fossem seguidas: uma é a municipalização da unidade descentralizada (UDs), na qual Itabira é signatário. Outro ponto é a execução do Marco Legal da Ciência e Tecnologia de Inovação, já que além do ensino de pesquisa e extensão, desde 2018, nós temos que assumir o compromisso de gerar empreendimentos. Foi o casamento perfeito com a proposta do CITInova!

Giselle Cunha: Como você define o meio ambiente em Itabira? 

Eu vejo que todas as empresas precisam cumprir, junto aos órgãos, a legislação ambiental. A gente sabe que há uma carência muito grande no setor de fiscalização. Todo mundo precisa melhorar nesse sentido de zelar mais pela questão ambiental, é o nosso lar, nossa casa. Um dos pontos que sempre falo é que o cidadão tem o ambiente como patrimônio público a ser reservado e protegido.

Itabira tem um histórico muito representativo com o Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente (CODEMA), além de já ter sido um dos municípios referências na coleta do lixo reciclável, sendo uma das pioneiras do país neste quesito. As associações junto a sociedade precisam se fortalecer cada vez mais para que tenhamos um ambiente eco sustentável. 

Por isso nossas pautas do CITInova são voltadas para abordamos e, junto ao Executivo, colocarmos a mão na massa para construir o tão sonhado meio ambiente exímio na cidade.

Giselle Cunha: Cabe na cidade um Parque de Incentivo Tecnológico?

Vale frisar que a construção de um Parque de Incentivo Tecnológico em Itabira dá cada vez um passo afrente quando o projeto CITInova está em ação. Só que não é irmos à feirinha de sábado, gastando muito dinheiro, e o parque vai surgir. Tem uma burocracia muito grande por trás disso. Temos que trabalhar para ter esse local, o que buscamos desde março de 2021. É um sonho de todos nós!

Giselle Cunha: Quais áreas o CITInova mais atua hoje?

Com o CITInova em Itabira ganhamos projetos que fortalecem ambientes de inovação e promovem a cultura empreendedora, como o ItabirAr, Turismo Digital, Empreendedor Jr. Maker, Challenge Edutech, EJA Inova, Território Inova, Saúde Inova, Negócios Tec e Governança & Gestão. Essas pautas só corroboram para que o propósito do CITInova seja cumprido.