Escândalo sem fim! Agente da Polícia Federal foi pego com US$200 mil relacionado à fraude no INSS
A PF apreendeu o dinheiro e analisa sua possível origem

Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão contra o agente da Polícia Federal (PF), Philipe Roters Coutinho, lotado no Aeroporto de Congonhas (SP), na operação que apura fraude no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), seus colegas de corporação encontraram US$ 200 mil (= 1,1 milhão) em espécie.
Suspeito de participação no esquema bilionário que beneficiou empresários com dinheiro descontado indevidamente de aposentados e pensionistas desde 2019, Coutinho foi afastado do cargo após determinação judicial.
A PF apreendeu o dinheiro e analisa sua possível origem. Em trecho do documento de 248 páginas, a PF indica que o agente suspeito aparece em circuitos de câmeras de segurança do aeroporto dando carona a dois investigados no caso.
A imagem de 28 de novembro de 2024 mostra Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, da Procuradoria Federal Especializada do INSS e o empresário Danilo Berndt Trento chegam ao aeroporto e encontram Coutinho na área de embarque, quando se cumprimentam e se encaminham à porta de acesso ao desembarque remoto.
“Destaca-se que a área de embarque e desembarque remoto é de circulação restrita, acessível apenas para quem embarca ou desembarca via ônibus ou para quem presta serviço dentro do aeroporto, com a devida autorização legal. Não obstante isso, observa-se que Philipe Roters conduz Virgílio e Danilo Trento por toda a área restrita”, diz o relatório da PF.
O relatório da PF também indica que “os suspeitos embarcam em viatura ostensiva da Polícia Federal, para uso exclusivo em serviço por policiais federais”, que os leva em direção ao embarque de aviões privados e, dez minutos após, o avião decola.
A PF prossegue: “Sobre o agente de polícia Philipe Roters Coutinho, além da ilegalidade da conduta acima apresentada, possui, assim como diversos investigados, movimentações em viagens com perfil de compra atípico, consubstanciadas em deslocamentos com compra de passagens ‘em cima da hora’ e voos ‘bate/volta’, principalmente para Brasília”.
Especificamente sobre Coutinho, a Polícia Federal pediu busca e apreensão para esclarecer sua participação.
Referindo-se ao caso, o ministro da Justiça, Ricardo Leawndowski disse que a medida contra o agente suspeito mostra uma investigação técnica e não se furta “cortar na própria carne”.