“Estamos realmente lutando sozinhos”, diz prefeito de Barão de Cocais

O risco iminente de rompimento da barragem Sul Superior da Mina de Gongo Soco tem feito a demanda da saúde em Barão de Cocais aumentar significativamente. O prefeito Décio dos Santos conta que, até o momento, nenhuma ajuda no setor foi destinada pela Vale. De acordo com informações do representante do Executivo, a mineradora havia prometido […]

“Estamos realmente lutando sozinhos”, diz prefeito de Barão de Cocais
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O risco iminente de rompimento da barragem Sul Superior da Mina de Gongo Soco tem feito a demanda da saúde em Barão de Cocais aumentar significativamente. O prefeito Décio dos Santos conta que, até o momento, nenhuma ajuda no setor foi destinada pela Vale. De acordo com informações do representante do Executivo, a mineradora havia prometido uma ajuda, mas até o momento nada foi concretizado. “Estamos fazendo um apelo, principalmente ao governo do Estado, para que possamos receber algum auxílio. Estamos lutando realmente sozinhos. A demanda da cidade em relação à saúde aumentou muito”, disse.

Moradores das zonas de autossalvamento (ZAS) das comunidades do Socorro, Piteiras, Vila do Gongo e Tabuleiro estão fora de suas casas desde o dia 8 de fevereiro, quando a sirene da mineradora soou indicando nível 2 de risco da barragem. No dia 22 de março, o alarme tocou mais uma vez indicando a elevação de risco para 3, com perigo iminente de rompimento da estrutura.

A indicação da mineradora de que um talude localizado a 1,5 km de distância da barragem estava de desprendendo aumentou o pânico da população, uma vez que não se pode apontar quais danos a queda do paredão poderá causar à represa de rejeitos. A Vale havia previsto a queda do talude até o dia 25, mas errou a projeção. A Defesa Civil do Estado afirma que a data era uma estimativa da mineradora e que não há comprovações técnicas para apontar uma data exata para o deslizamento da estrutura nem tão pouco se a queda do paredão pode causar ou não a ruptura da barragem.